O governo tailandês anunciou que colocará em circulação no país ônibus movidos a etanol a partir de março; os veículos circularão em caráter de testes até setembro. A Scania será responsável pelo fornecimento dos ônibus à região. Segundo a UNICA (União da Indústria de Cana de Açúcar), os modelos são idênticos aos que rodam em São Paulo (SP) com o mesmo tipo de combustível.
Alfred Szwarc, consultor de emissões e tecnologia da UNICA, acredita que esse tipo de medida deveria ser programada em outros países para que adotassem o etanol no transporte público.
“A iniciativa mostra que o uso de um combustível renovável no sistema de transporte público pode representar a melhor forma de aplicar o conceito de sustentabilidade à mobilidade urbana”, declarou.
De acordo com informações da União, comparado ao diesel, o etanol de cana pode reduzir em até 70% as emissões dos gases poluentes na atmosfera e que causam o efeito estufa. Com os testes aprovados, o país deve adotar a mistura de 95% de etanol e 5% de um aditivo como combustível aos veículos de transporte urbano. Hoje, a região utiliza o E10 - uma mistura de 10% de etanol na gasolina.
A Tailândia investirá 20 milhões de bahts (moeda tailandesa), ou US$ 640 mil, para viabilizar os testes, que integram um acordo entre o governo do país e a petrolífera estatal Petroleum Authority of Thailand.
Rica na plantação da cana de açúcar, a Tailândia espera elevar o consumo diário do biocombustível dos atuais 1,3 milhão de litros para nove milhões de litros, até 2022.
O etanol também poderá ser utilizado na produção de garrafas de plástico, além do setor de transportes. A Indorama Ventures PCL, maior fabricante de PET (Politereftalato de Etileno) do mundo, já declarou interesse adquirir o etanol tailandês como matéria prima de seus produtos.
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