Maior empresa de carroceria de ônibus do País diz que não perde com popularização da aviação e planeja retomar operações na Rússia
Daniela Barbosa, iG São Paulo
Nem mesmo o recente movimento das companhias aéreas brasileiras de incentivar as pessoas a trocarem o ônibus pelo avião está intimidando a Marcopolo, maior empresa de carroceria e componentes de ônibus do Brasil. José Rubens de la Rosa, diretor-geral da companhia, afirma que as pessoas estão viajando no País e mesmo que optem pelo avião, o ônibus acaba sendo útil durante toda a estadia para que elas possam se locomover.
Segundo ele, o que deve ocorrer é uma transformação na demanda da utilização ônibus. “Não estamos preocupados com a iniciativa de algumas empresas aéreas, pois o aumento de volume de viagens acaba beneficiando todos os setores, inclusive o nosso. Quando viajam, normalmente, as pessoas dependem muito do ônibus para se movimentarem”, disse Rosa.
A iniciativa de algumas companhias de aviação brasileira inclui, por exemplo, parcerias com redes varejistas para venda de passagens aéreas. A TAM firmou recentemente uma parceria com as Casas Bahia, a Azul planeja vender suas passagens em supermercados e a Gol quer abrir franquias de ruas até 2011 para comercializar seus bilhetes. Todas têm um único objetivo: atingir a classe C.
A crise econômica global afetou os negócios da empresa no último ano e obrigou a companhia a encerrar suas operações em Portugal e na Rússia. A intenção era diminuir gastos e sentir menos os efeitos do colapso econômico. “Um dos objetivos da Marcopolo para os próximos anos é retomar nossas operações na Rússia e explorar melhor o sudeste asiático”, afirmou Rosa.
A companhia agora está concentrada em consolidar suas investidas mais recentes no Egito e na Índia.
E já para o próximo ano, a companhia planeja elevar para 8% sua participação global no setor de carrocerias e componentes para ônibus.
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quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Marcopolo: “não temos medo do crescimento do setor aéreo”
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