sábado, 23 de abril de 2011

Criatividade para descer a ladeira


Red Bull - ônibus (Foto: arquivo pessoal) 
Red Bus em frente à sua fonte inspiradora
(Foto: arquivo pessoal)
Paranaenses disputam edição nacional 'corrida mais louca do mundo'  

Por Luciano Balarotti Curitiba

Criatividade, originalidade e uma dose de loucura. Estas são as características comuns a todos os participantes das 49 equipes da terceira edição brasileira da Soapbox, competição que resgata do passado os tradicionais carrinhos de rolimã, repaginados nas mais diversas formas e temas. Modelos que aceleram ladeira abaixo em um percurso de 400 metros, este ano montado na Estrada da Rainha, em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
Promovida por uma multinacional de bebidas energéticas, a competição foi disputada pela primeira vez na cidade de Bruxelas, na Bélgica, no ano 2000, e chegou ao Brasil oito anos depois. Esta terceira edição nacional reúne apenas competidores da Região Sul do país. São 20 equipes catarinenses, 17 paranaenses e 12 gaúchas, que disputam a animada corrida - batizada pelos organizadores como a 'mais louca do mundo' -  na tarde de sábado.
Com liberdade total para montar seus bólidos da forma que quiserem, tendo apenas que seguir algumas exigências básicas (peso máximo de 100 quilos e obrigatoriedade de freio e buzina e proibição), as equipes abusam da criatividade. Até porque originalidade do veículo e desempenho artístico dos integrantes de cada equipe – além do desempenho na descida - valem pontos na definição dos vencedores.
Uma das equipes paranaenses inscritas para a prova, por exemplo, se apropriou de um símbolo curitibano. Os Biarticuloucos criaram o Red Bus, uma versão em miniatura dos ônibus biarticulados utilizados no transporte coletivo da capital. Humberto Rodrigues da Costa, o piloto do pequeno ônibus vermelho explica de onde surgiu a inspiração.
- Como a corrida teria apenas equipes da nossa região, pensamos em algo bem característico de Curitiba que fosse bem conhecido nos estados vizinhos. Daí veio a ideia de fazer o ônibus. Levamos um mês para montar nosso modelo, soldando tubos de metal da estrutura e montando a cobertura de lona.
O resultado foi um modelo que chama atenção pelo bom acabamento, com direito a faróis e piscas, inspirados no ônibus original. Testado em uma pista para carrinhos de rolimã, o Red Bus atingiu 55 km/h. Velocidade que Costa acredita superar na ladeira catarinense, mais inclinada que a pista de testes. Além do piloto, a equipe é formada por mais três integrantes: Pablo Gustavo Soares, Douglas Alves Coutinho e Cleber Sandro Afonso. Um deles será o copiloto, enquanto os outros dois serão responsáveis, literalmente, por dar um empurrão ao pequeno ônibus.
- A expectativa é das melhores porque nosso projeto foi muito bem aceito pela organização. Poderíamos até ter feito um modelo mais veloz, colocando rodas mais finas, mas optamos pela segurança, com rodas mais parecidas com às do biarticulado de verdade – conta o piloto.
Concorrendo com o ônibus vermelho, outra equipe curitibana fez uma ‘homenagem’ mais polêmica, que mostra bem o clima descontraído do evento. 
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