sábado, 21 de maio de 2011

Rosinha joga duro com empresas de ônibus a partir de 31 de maio

Ônibus velhos circulando no transporte coletivo estão com os dias contados, em Campos.
Neste sábado (21), em entrevista à Rádio Diário FM, a prefeita Rosinha Garotinho, disse que irá lançar mão de medidas drásticas, a partir do dia 31 de maio, a fim de obrigar os empresários do transporte coletivo a cumprir exigências para a melhoria da qualidade do sistema, sobretudo quanto ao tempo de vida útil dos ônibus. As empresas que insistirem em manter em circulação os coletivos fora dos padrões exigidos terão seus veículos retirados das ruas, após notificação pela Emut.
“As empresas começaram bem, colocaram alguns ônibus novos em circulação, com respeito à assecibilidade, mas foi só. É como se eles dissessem: ´Vamos colocar uma balinha para adoçar a boca deles lá da prefeitura´. Mas não vão conseguir nos enganar, não, porque não estou para brincadeiras, fiz um acordo e quero que seja cumprido para que a população seja bem servida. A minha parte eu cumpri, falta eles (os empresários) cumprirem a parte deles”, disse Rosinha.
O presidente da Empresa Municipal de Transportes (Emut), Paulo Mosso, que também participou do programa, informou que a grande maioria das empresas não tem cumprido as exigências. As reclamações mais constantes são de usuários da empresa Tamandaré, uma das maiores do municipio.
Segundo Rosinha, os empresários tiveram dois anos para se enquadrarem no programa Campos Cidadão, que instituiu a tarifa social e estabeleceu a redução do preço da passagem a R$ 1,00. “Eles podem comprar ônibus através de financiamento. Demos dois anos pra se adequarem, buscamos entendimento, mas agora é pra valer. O programa começou há dois anos, dei um tempo, depois diz um decreto em fevereiro, reforçando o que jáq havia sido acordado antes.
Rosinha admitiu que pode trazer empresas de fora para operar no sistema. “E vamos começar pelas empresas com os piores ônibus, que sairão de circulação… Tem muita coisa ruim andando por aí ainda, que são ônibus que estão caindo aos pedaços. Não estou fazendo nenhuma leviandade, nem pegando ninguem de surpresa”, declarou ainda a prefeita. “Caso as empresas não cumpram com as exigência do decreto, vou trazer outras empresas que queiram se enquadrar e atender melhor a população”, afirmou ainda a prefeita.
Mósso disse que antes do programa Campos Cidadão, o tempo médio de uso dos ônibus era de 12 anos, mas já desceu para 9,5 anos. No entanto, pelo programa, os ônibus deveriam descer para 5 anos em seu tempo de uso. No decreto assinado por Rosinha, as empresas o tempo médio de uso de toda frota será de cinco anos. E nenhuma empresa poderá ter ônibus com mais de sete anos de uso. “Houve mudanças, caiu a idade média de uso dos ônibus, mas não dentro do padrão que queremos. Acordo é para ser cumprido”, finalizou a prefeita.
Antes do programa, o volume mensal de passageiro transportado era de 1,5 milhão. Depois do Campos Cidadão, o número passou para 2,8 milhões de passageiros transportados. Antes, havia 240 ônibus em circulação, passando logo depois para 360 coletivos.
Rosinha admitiu que algumas empresas podem não cumprir o acordo. “É um risco que a gente corre, mas se fizerem greve, vou trazer empresas de fora que queiram trabalhar de forma correta”, concordou. Presente ao estúdio, o deputado federal Anthony Garotinho enfatizou. “Se fizerem essa retalização, não é greve, mas boicote. Chama-se a isso de locaute, e a prefeita tem suas prerrogativas para intervir para garantir a ordem pública e assegurar o direito de ir e vir das pessoas”, avaliou o parlamentar.
Da Redação do BASTIDORES

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