Medida, que inclui redução na frota, 265 para 198 micro-ônibus, está prevista no estudo encomendado pela categoria
Por: Monica Prestes
Foto: Antonio Lima. |
Estudo apontou que as 11 linhas atuais do Executivo prejudicam o transporte convencional feito pelos ônibus coletores.
A Federação das Coooperativas de Transporte Executivo do Amazonas deve propor à Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) a extinção de 11 linhas do transporte executivo nas zonas Norte e Leste da cidade, que promovem uma concorrência desleal ao transporte convencional.
Com o fim desses trajetos, por volta de 80 micro-ônibus que operam nessas linhas e arrecadam, em média, R$ 80 mil por dia, devem ser retirados de circulação.
A federação também deve propor a redução no número de micro-ônibus de 265 - rodando atualmente - para 198. As informações são do presidente da instituição, Equias Subrinho.
Segundo ele, as propostas são parte de um projeto para o transporte Executivo, elaborado por uma empresa de consultoria especializada em transporte após um estudo completo do sistema, que durou dois meses e foi encomendado pela federação dos Executivos.
A decisão de apresentar as propostas à prefeitura foi tomada dois meses após a SMTU anunciar que os micro-ônibus do transporte Executivo só poderiam circular na cidade até a chegada dos ônibus novos do sistema convencional, prevista para este mês, e diante da inoperância do órgão, que ainda não elaborou nenhum projeto para a categoria.
Em março, a SMTU anunciou que os Executivos seriam retirados das zonas Norte e Leste e teriam a atuação restrita a bairros de classes média a alta, proposta que foi rejeitada pelos trabalhadores.
“A prefeitura disse que iria fazer esse estudo, mas como não fez, tomamos a iniciativa. O resultado vai contra o que a prefeitura nos propôs, mas também mostrou falhas do sistema atual, que precisam ser corrigidas para evitar danos ao sistema convencional e prejuízos aos cooperados”, explicou Subrinho.
De acordo com ele, o estudo apontou que as 11 linhas atuais do Executivo prejudicam o transporte convencional feito pelos ônibus coletores nos arredores dos terminais de ônibus, por levar os passageiros diretamente para o Centro, sem a necessidade de passar pelos terminais.
“Essas linhas devem ser extintas porque os passageiros evitam pegar os convencionais para não parar no terminal. Mas nenhuma linha será criada”.
Na noite desta quarta-feira (01), os cooperados participaram de uma assembleia geral e foram apresentados ao projeto e a um modelo dos novos ônibus executivos, fabricados pela Marcopolo por meio de um convênio com a federação. Os veículos terão ar-condicionado, poltronas mais confortáveis e com maior espaçamento entre as fileiras e no corredor, além de sistema de som e uma cabine para proteção do motorista.
Reduzir frota é o principal obstáculo
Um dos maiores obstáculos para a implantação do projeto para o sistema Executivo proposto pela categoria é a redução na frota de microônibus, afirmou Equias Subrinho. De acordo com ele, 80 veículos operam nas 11 linhas que serão extintas e, no total, a frota deverá ser reduzida de 265 para 198 microônibus.
Reduzir frota é o principal obstáculo
Um dos maiores obstáculos para a implantação do projeto para o sistema Executivo proposto pela categoria é a redução na frota de microônibus, afirmou Equias Subrinho. De acordo com ele, 80 veículos operam nas 11 linhas que serão extintas e, no total, a frota deverá ser reduzida de 265 para 198 microônibus.
“O problema será definir os critérios para essa redução da frota, quem fica e quem sai do sistema. Por isso queremos levar essa proposta à SMTU, para que a prefeitura defina quais critérios serão esses”, disse.
Por meio da assessoria de Imprensa, o superintendente da SMTU, Marcos Cavalcante, informou que ainda não teve acesso às informações contidas no estudo e que irá se pronunciar no momento oportuno.
R$ 200 mil foi quanto custou o estudo sobre o transporte Executivo em Manaus. De acordo com o presidente da Federação dos Executivos o valor foi dividido entre 160 cooperados, que pagaram R$ 1,2 mil cada um. Esse é o mesmo investimento que eles terão que fazer para comprar um novo ônibus do modelo proposto, produzido pela Marcopolo.
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