Amfibus: Foto Divulgação |
Transcrito do texto de Cristina Moura
O comerciante Robson Côgo, filiado ao PV do município da Serra, é envolvido em causas ligadas à preservação do meio ambiente. Atualmente, ele mantém o blog “Espírito Santo Sustentável”, que relata experiências positivas em outras cidades do Brasil e de outros países para a construção de uma sociedade menos poluidora. O blog explica que é um movimento político e suprapartidário, buscando envolver todos os segmentos da sociedade. Uma das alternativas de Côgo para enfrentar os entraves com a mobilidade urbana na Região Metropolitana de Vitória é a adoção do “amfibus”, ou ônibus anfíbio.
O ultramoderno veículo é patenteado e produzido pela empresa holandesa Dutch Amfibious Transport Vehicles. O ônibus pode transportar até 50 passageiros. Foi batizado como anfíbio porque se comporta de forma similar, andando na terra e na água. Dentro da água, é movido por duas turbinas. O valor aproximado do ônibus é de R$ 2 milhões. Valor que não assusta o líder do movimento. Para ele, comparando-se o preço atual praticado pelo Sistema Transcol, de R$ 2,30 por cada passagem, em dois anos seria pago o “amfibus”.
Na avaliação do comerciante, o novo ônibus teria que ser integrado ao sistema de transporte já existente. Outro investimento técnico seria uma passarela para que o veículo pudesse entrar no mar. Para Côgo, caso seja utilizado o ônibus anfíbio, o sistema aquaviário poderia ser dispensado ou teria outra configuração para o uso, já que as pessoas teriam que se deslocar até os terminais. No caso do anfíbio, haveria mais comodidade, pois em terra o passageiro entraria e atravessaria a baía de Vitória para chegar a algum outro terminal, no município de Vila Velha ou em Cariacica.
O verde afirma que acredita em alternativas viáveis, por isso tem a missão de divulgar experiências que podem ser adotadas no Espírito Santo. “Já que estamos discutindo planejamento de cidades em longo prazo, temos que saber o que está dando certo em outros lugares e analisar se podemos trazer para cá. É claro que temos que envolver a sociedade”, afirmou.
VLT e BRTPara o comerciante, a mobilidade urbana tem que ser repensada também de forma mais prática e urgente. Ele é a favor do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que já vem dando certo em outras cidades. Quanto ao BRT (Bus Rapid Transit), ele acredita que será bem-vindo em alguns trechos. Para ele, um corredor exclusivo fazendo uma ligação do município da Serra até o Aeroporto de Vitória já seria um grande avanço e economia de tempo. Na Serra haveria espaço de sobra para o BRT, mas em alguns pontos de Vitória seria complicado. Em outros trechos que causariam transtornos bastaria pontuar o sistema. Na BR-101, por exemplo, ele sugere que, se pelo menos quatro trechos fossem duplicados, o trânsito seria outro e poderia fluir melhor.Em relação ao “amfibus”, Robson não acha cedo para pensar nisso e acredita que alguma montadora instalada com seu parque industrial no Brasil pode se interessar pela ideia. Os holandeses garantem que o veículo conta com modelo de alta performance tecnológica, além de um design atraente, tanto servindo para o turismo quanto para o transporte público de passageiros ou de materiais ligados ao comércio portuário.
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