Empresas de ônibus ignoram determinações

Mais de dez ônibus são estacionados em avenida onde o limite é de sete veículos 

Foto: Wagner Meier

Thaís Sousa - O Globo

Mesmo com uma liminar concedida e uma Ação Civil Pública impetrada para coibir a prática, as empresas de ônibus Auto Viação 1001, Viação Garcia, Empresa de Transportes Braso Lisboa e Viação Ingá insistem em transformar o trecho final da Avenida Prefeito Sylvio Picanço, em Charitas, num terminal a céu aberto. Na última quarta-feira, por volta de 11h, havia 12 ônibus estacionados no local. De acordo com um funcionário da Maternidade Municipal Alzira Reis, que pediu para não ser identificado, a situação é recorrente e, em determinados dias e horários, o número de veículos estacionados é ainda maior:

— É uma bagunça, e ninguém fala nada. Eles atrapalham demais — afirma o servidor da unidade que fica ao lado do ponto final.

Pelas portarias 005/2005 e 006/2005, da prefeitura, o estacionamento no local é permitido, mas para um número máximo de sete coletivos, sendo um municipal e seis intermunicipais. Essa é, inclusive, a quantidade de baias construídas pelo município no local.

No ano passado, a Auto Viação 1001 chegou a arrendar um terreno ao lado da Maternidade Alzira Reis para utilizar como estacionamento. Mas, recentemente, a empresa voltou a estacionar os ônibus na avenida.

De acordo com o promotor Luciano Mattos, que entrou com a Ação Civil Pública, o Ministério Público aguarda o julgamento da mesma:

— A liminar não caiu, mas não houve decisão judicial ainda. O juiz apenas postergou para os réus se defenderem.

Se a ação for julgada procedente, cada empresa deverá pagar multa diária de R$10 mil, além de indenização por danos morais à sociedade.

Os representantes jurídicos das empresas não foram encontrado, assim como do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj). para comentar a denúncia

Fonte da Matéria: http://extra.globo.com/