sexta-feira, 10 de agosto de 2012

R$51 milhões para terminais

Nove passarão por reformas e oito serão construídos, em cidades que não têm este espaço
Os usuários do transporte público têm boas notícias. Foram aprovados empréstimos no valor de R$ 51 milhões para a execução de reformas em nove terminais de ônibus, e construção de mais oito em cidades que não contavam com o espaço. De acordo com a Secretaria de Transportes do DF (Setrans), com o dinheiro em caixa, é possível que todas as obras estejam concluídas até o primeiro semestre do ano que vem. Terminais muito antigos, cheios de problemas, podem ter sobrevida para melhor atender a população. No Setor O, o primeiro deles deve ficar pronto até o final deste ano. Quem sofre diariamente com os problemas destes espaços pede ao governo melhorias urgentes. A Setrans anunciou a confirmação de empréstimos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econô- mico e Social (BNDES), para a realização de reformas e construções dos terminais rodoviários. Do BID, serão R$ 28 milhões, usados para erguer oito novos terminais, recursos já garantidos para esse fim. E há ainda mais R$ 12 milhões para as reformas de nove espaços adequados para ônibus e passageiros. Dos recursos provenientes do BNDES, está prevista a construção de dois terminais em Santa Maria, que podem chegar a atender a população daquela região por meio da integração do Veículo Leve sobre Pneus (VLP). O custo dos terminais já licitados de Santa Maria chega a R$ 4,5 milhões.
Setor O
Também por operação de crédito junto ao BNDES, R$ 6,5 milhões foram direcionados para a reforma completa do terminal do Setor O, em Ceilândia. Esta obra tem previsão de inauguração para, no máximo, dezembro de 2012. A reportagem do Jornal de Brasília esteve no local para ouvir os passageiros e funcionários das empresas de ônibus. São pessoas que puderam acompanhar as obras começarem, ainda no governo anterior, serem interrompidas e retomadas recentemente. Conforto aos usuários A expansão das coberturas de terminais já existentes é uma das medidas a serem tomadas. No terminal do Cruzeiro Novo, mesmo não muito cheio, passageiros de Planaltina aguardavam sentados do lado de fora, cientes de que se não esperarem por ali, podem perder o único ônibus faz seu itinerário. “Espero que essas reformas venham logo, porque do jeito que vamos não dá. Pode ser chuva ou sol, se não estivermos aqui fora do terminal, perdemos o ônibus. Depois só indo para a Rodoviária, pagando mais e levando mais horas para chegar em casa”, comentou Luzinete Rodrigues, de 54 anos, que trabalha no Cruz e i ro . Para o subsecretário de Políticas de Transporte e Trânsito Luiz Fernando Messina, pessoas como Luzinete Rodrigues e os trabalhadores do setor rodoviário serão os mais beneficiados com a realização das obras. “Estes trabalhadores serão os mais afetados, mas temos ainda um objetivo maior, que é a complementação com as políticas como a dos novos ônibus e concessões de empresas que vão atuar, e ainda as novas vias que estão em obras para atender a população”, comenta.
Demora
Ele entende que houve demora para realização destas obras, mas compreende que o processo é conjunto, parte do Plano de Transporte Urbano (PTU). Para ele, o passo de garantir os recursos do BID e BNDES foi importante, e pelas estimativas, até junho de 2013 eles poderão estar prontos. “Com as licitações de terminais importantes, como os dois de Santa Maria e Setor O, e os demais bastante encaminhados, até outubro devemos ter licitado tudo. Para as obras de reforma dos terminais, serão 240 dias, e para as construções 180”, afirmou. Para os trabalhadores rodoviários, que há anos convivem com terminais que são pura poeira e mero ponto final para os ônibus, as novidades são muito importantes. Para o motorista Cleber da Conceição, de 28 anos, o ponto final do Recanto das Emas, uma casinha com banheiro que serve a empresa para controle das viagens, é muito limitado. “Pen - se num poeirão! Pois é pior”, lembrou. Segundo o subsecretário Luiz Messina, a intenção é tornar os terminais novos e reformados em centros administrativos e operacionais, com postos avançados do Transporte Urbano do DF (DFTrans), onde será possível fiscalizar melhor os trabalhos, e ainda contar com comércios e melhor estrutura de banheiros para o desenvolvimento socioeconômico das regiões. “Estes locais serão parte deste sistema que visa todo o apoio ao desenvolvimento socioeconômico das nossas cidades”, afirmou.

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