Os ônibus continuam parados na garagem da empresa Piracicabana. Com a falta de uso, será necessário investir em manutenção antes do previsto
Os ônibus Bus Rapid Transit (BRT), novo modelo de ônibus que vai operar as linhas do Sistema Leste-Oeste no transporte coletivo do município e que foram apresentados em dezembro do ano passado, estão há nove meses à mercê da intempérie.
A informação é do leitor, mecânico especialista em manutenção de ônibus, S.A. Ele destaca que, por ser um veículo automático, pode haver dano, mas o problema maior é o veículo ficar na intempérie. “O custo com veículos automáticos é muito alto. Agora, deixar os ônibus parados, deteriorando, é um absurdo. Diariamente, passo pela avenida Jovita Pinheiro, localizada no bairro Ozanan, e lá estão os ônibus novos e caros, parados”, desabafou.
O mecânico explica que o veículo, ficando sujeito à intempérie, tem a pintura queimada e pode ter estragos nos pneus.
Vias – O contador Joseph Lemis questiona se a principal via de Uberaba, a avenida Leopoldino de Oliveira, onde foram instaladas as estações, comporta este tipo de modalidade de transporte. “Pois trafegar na avenida Leopoldino de Oliveira em horário de pico, tornou-se um caos, já que trata-se de uma avenida simples, com duas pistas de rolamento nos dois sentidos. O movimento dos carros é intenso e a parada de ônibus no canteiro central significará mais congestionamento na região”, comentou.
Empresas – A reportagem do JORNAL DE UBERABA tentou diversas vezes falar com a empresa LIder, mas, até o fechamento desta edição, não obteve êxito. Na empresa Piracicabana, nossa reportagem foi muito bem recebida, porém, o responsável estava em viagem e prometeu um posicionamento na segunda-feira (30), sendo possível adiantar apenas que os 14 ônibus BRT que eram o compromisso das empresas estão na garagem, ou seja, a parte que cabia às empresas está dentro do cronograma.
O que é possível observar é que os veículos estão parados e, com um custo de cerca de R$ 500 mil por veículo, há uma fortuna sem utilização na garagem da empresa. As questões levantadas pelo mecânico S.A. são preocupações reais nas empresas, já que esse atraso implica no fim da garantia dos veículos e deterioração de alguns componentes, como bateria por exemplo.
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