A Prefeitura de Nova Iguaçu abre no dia 18 de maio os envelopes da primeira licitação pública da história da cidade para operar todas as 83 linhas de ônibus responsáveis pelo transporte coletivo de cerca de 4 milhões de passageiros/mês.
Através de concorrência pública, as empresas de ônibus da cidade passam de permissionárias a concessionárias com utilização de tecnologias de ponta nos coletivos organizando a atuação de cada uma delas por região da cidade. Os novos consórcios terão o prazo de seis meses a um ano para implantar as mudanças exigidas pelo edital de licitação.
Para o prefeito Nelson Bornier, um dos mais entusiasmado com o projeto, o transporte coletivo é um serviço essencial para a cidade. Segundo ele, desenvolve papel social e econômico de grande importância, já que democratiza a mobilidade na medida em que facilita a locomoção das pessoas que não possuem automóvel.
Ainda na visão de Bornier, um sistema de transporte coletivo bem planejado, também otimiza o uso dos recursos públicos, possibilitando investimentos em setores de maior relevância social e uma ocupação mais racional e humana do solo urbano.
O novo Plano de Concessão dos Serviços Públicos de Transporte Coletivo de Nova Iguaçu divide a cidade em dois lotes – Norte (1) e Sul (2) -, com cinco novos terminais – Miguel Couto, Santa Rita, Austin, Cabuçu e Praça Santos Dumont, que serão construídos pelos próprios consórcios.
O Lote 1, que engloba bairros localizadas ao lado direito da rede ferroviária, como Cerâmica, Austin, Miguel Couto, Vila de Cava e Tinguá, entre outras regiões, com cerca de 2,3 milhões de passageiros/mês, vai ocupar uma frota de 269 ônibus operando em 41 linhas.
Já o Lote 2, que abrange o Centro da cidade e K-11, além de regiões localizadas ao longo do corredor viário da Avenida Abílio Augusto Távora (antiga Estrada de Madureira), como Bairro da Luz, Jardim Alvorada, Valverde, Cabuçu e km 32, por exemplo, vai dispor de uma frota de 185 carros convencionais, micros e micrões, atendendo a 42 linhas e uma demanda de cerca de 1,6 milhão de usuários/mês.
O secretário municipal de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana de Nova Iguaçu, Rubens Borborema, disse nesta terça-feira (14) que no prazo de seis meses a um ano os consórcios vencedores vão estudar “e fazer de tudo” para viabilizar a criação também de BRS ou BRT na cidade.
“Na verdade, a implantação desses sistemas de trânsito inteligente será uma consequência natural da otimização da frota e do sistema como um todo”, explicou.
FISCALIZAÇÃO COM MAIOR RIGOR
Para Borborema, os contratos para a exploração do transporte coletivo na cidade serão melhor elaborados, de modo a não permitir mais irregularidades verificadas atualmente, como atrasos das viagens e falta de elevadores nos coletivos para mobilidade de deficientes, entre outras exigências.
“São contratos mais bem definidos no sentido de punir com maior rigor as empresas que não se adequarem aos termos da nova licitação”, deixou claro, frisando que o objetivo das novas concessões é também racionalizar o serviço do transporte coletivo.
Entre seis meses e um ano, a frota de 454 ônibus ganhará nova identificação visual, que estará articulada com os pontos de embarque. Terá ainda de tecnologia embarcada, incluindo câmeras e GPS, garantindo mais segurança e a otimização do monitoramento da frota.
O governo municipal entende que o novo processo licitatório define um marco na mudança do tratamento do sistema de transporte coletivo da cidade. Com o sistema de GPS em toda a frota, por exemplo, a prefeitura poderá racionalizar o sistema de fiscalização.
“Com o monitoramento constante, o trabalho de fiscalização será melhorado ainda mais, já que a cidade vai ganhar também um Centro de Operações e Controle”, adiantou o secretário.
Ainda de acordo com Borborema, numa segunda etapa os consórcios deverão implantar o esquema de integração tarifária, permitindo ao usuário usar dois ônibus municipais num determinado espaço de tempo, pagando apenas uma só passagem.
MAIS CONFORTO PARA O PASSAGEIRO
Na avaliação do prefeito Bornier, a mudança no sistema de transporte coletivo de Nova Iguaçu vai significar uma passagem de ônibus mais justa com um serviço de qualidade confiável e mais conforto para o passageiro.
Bornier lembrou também que o processo de distribuição do sistema em dois lotes vai permitir à cidade crescer para qualquer lado sem que haja problema da falta de transporte. “A nova licitação por região obrigará as concessionárias atender ao desenvolvimento, o crescimento da cidade e as novas manchas urbanas que surgem a todo o momento”, definiu.
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