quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Siemens aposta em ônibus urbanos mais modernos

Carolina Pereira (cpereira@brasileconomico.com.br)

A Siemens IT, subsidiária do grupo alemão especializada em terceirização de infraestrutura de tecnologia da informação, prevê que a modernização dos sistemas de transporte público de alguns municípios brasileiros vá trazer aumento de 25% na receita brasileira neste ano.
No ano passado, o crescimento foi de 15%, informou a empresa sem especificar os valores. Mundialmente, no segundo trimestre deste ano a Siemens IT enfrentou queda da receita, de cerca de R$ 2,4 bilhões para o equivalente a R$ 2,2 bilhões.
Segundo a empresa, aproximadamente R$ 85 milhões foram perdidos por conta do término de um contrato na Europa, que não foi detalhado. A companhia também diz esperar encargos substanciais nos próximos trimestres relacionados a um plano de demissão global.
No total, a Siemens AG, grupo do qual a Siemens IT faz parte, teve receita equivalente a R$ 42,3 bilhões no período, uma alta de 4% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
Brasil
E o Brasil pode ajudar a melhorar esses números por causa dos vários projetos para operação e gestão de venda, coleta e distribuição de tarifas de transporte público.
Vários municípios anunciaram recentemente investimentos para modernização e automação de transporte em função do avanço populacional e dos eventos esportivos de 2014 e 2016.
Fernando Simões, gerente geral de marketing estratégico da Siemens IT espera que, em cinco anos, entre cinco e dez cidades sejam clientes da empresa, sendo a maioria delas para sediar a Copa do Mundo de 2014.
"A experiência que temos na América Latina e na Europa será um diferencial", afirma Simões. Isso porque a empresa é a provedora dos sistemas de transporte de cidades do Chile, da Argentina, da Colômbia e do Peru.
Experiência
Esta, no entanto, não é a primeira vez que a Siemens IT tenta atuar no segmento de transporte público no Brasil. A companhia chegou a participar de algumas concorrências em 2003, mas não saiu vencedora.
Simões afirma que agora a tecnologia está mais madura e inclui funcionalidades como o NFC (sigla para Near Field Communication), que permite que o pagamento seja efetuado via cartão de débito por aproximação de um totem de cobrança, como acontece com o Bilhete Único, usado nos ônibus e no metrô da capital paulista.
"O chip de pagamento tornou-se mais pessoal e pode ser colocado em uma pulseira, por exemplo", afirma o executivo.
Mudança estratégica
O início da atuação no segmento de transporte coletivo faz parte da estratégia da Siemens IT para expandir a atuação no Brasil.
No ano passado, por exemplo, a companhia passou a oferecer software para rastreamento de medicamentos, com base na lei de 2009 que obriga os fabricantes a implementarem tecnologia de captura, armazenamento e transmissão eletrônica de dados.
Também foram criados produtos direcionados para os segmentos de energia e segurança pública. "Desde 2007, globalmente a empresa vem se reorientando", diz Simões.

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