Milhões de carros rodam pelas ruas das grandes metrópoles todos os dias. Além do inevitável trânsito, os veículos também disseminam grandes quantidades de gases poluentes, impactando diretamente nas mudanças climáticas.
Para combater esse problema, as cidades trabalham em projetos que possam tornar o transporte público limpo um aliado no combate aos poluentes, como a adoção de biocombustível e até de ônibus elétricos.
Em São Paulo, a prefeitura está investindo em combustíveis alternativos ambientalmente mais corretos. Desde janeiro de 2009, os ônibus da capital estão operando com diesel S50. Esse combustível com baixo teor de enxofre apresenta ganhos ambientais significativos na comparação com o diesel utilizado anteriormente.
Toda frota de ônibus da capital (15 mil veículos) circula com o S-50, menos poluente que o diesel S500 comercializado normalmente nos postos de gasolina. Atualmente, o maior conjunto de ônibus com o selo Ecofrota é de 1.200 ônibus que, desde fevereiro de 2011, rodam na Zona Leste da cidade, utilizando o biodiesel B20 - mistura de 20% de biodiesel com S50. A utilização do B20 faz com que esses veículos reduzam em 22% a emissão de material particulado, em 13% a de monóxido de carbono e 10%, de hidrocarbonetos.
Outro projeto de São Paulo é a adoção, ainda este ano, de 5% de veículos elétricos para compor a frota da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A idéia é ter veículos que não emitem poluentes atuando na fiscalização do trânsito, pois além de limpos, em termos ambientais, os carros elétricos são econômicos ao reduzir os gastos com combustíveis.
Além disso, a frota está sendo renovada, com ônibus com tecnologias modernas que apresentam menores níveis de emissões. Dos cerca de 15 mil veículos da frota, 60% são novos.
Curitiba também já conta com uma frota de ônibus do transporte coletivo operando exclusivamente com biocombustível. O B100 (100% bio) foi implantado em agosto de 2009, em caráter experimental, com seis ônibus. A frota foi ampliada em abril deste ano para 24 veículos e, até o final de 2012, serão 140.
Resultado de uma grande parceria coordenada pela empresa gerente de trânsito e transporte, a Urbs, o B100 será obrigatoriamente o combustível do Expresso Ligeirão, sistema de ônibus que trafegam em canaletas exclusivas com paradas a longa distância.
O esforço curitibano para ter o transporte coletivo como aliado na questão ambiental tem dado resultados significativos. Comparados a outros ônibus que fazem a mesma linha, nas mesmas condições e com o mesmo tempo de uso, os ônibus do B100 emitiram 50% menos poluentes. Na média, com a renovação contínua da frota e a utilização de biocombustível, o transporte coletivo tem reduzido a emissão de poluentes em 161 toneladas por mês.
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