Por Rodrigo Viga Gaier
A fabricante de ônibus e caminhões MAN pretende aumentar suas vendas em pelo menos 10 por cento no Brasil na média dos próximos 5 anos, disse a Reuters nessa sexta-feira o presidente do grupo para a América Latina, Roberto Cortes.
O executivo vê com otimismo a expansão do mercado brasileiro em razão do momento econômico do país, retomada de investimentos e programas de incentivo a veículos pesados.
"Além do crescimento do Brasil, o país está retomando investimentos em infraestrutura que estavam parados e programas de incentivo", disse Cortes ao ressaltar também que a idade média da frota de veículos pesados do país é de 18 anos ao passo que na Europa é de cerca de 9 anos.
Em entrevista à Reuters, Cortes disse que o grupo está finalizando o novo programa de investimentos para o Brasil, mas adiantou que o desembolso será expressivo.
"Estamos finalizando o plano de investimentos para os próximos 5 anos e, muito provavelmente, vamos anunciar em uma feira do setor daqui a um mês... Estamos otimistas com o que vem pela frente. Vai ser algo interessante", disse o executivo.
Ele lembrou que os últimos dois ciclos de investimento no Brasil foram de 1 bilhão de reais cada um. "Vamos entrar no terceiro ciclo. Pretendemos lançar mais um caminhão MAN, um novo ônibus da MAN, novas tecnologias e expansão da capacidade de produção", antecipou Cortes
A MAN Latin America ampliou as vendas no país em 2010 cerca de 30 por cento, mas Cortes destacou que o número foi impulsionado por uma queda de aproximadamente 15 por cento em 2009 ante 2008 devido aos efeitos nocivos da crise internacional.
SOLUÇOO presidente da MAN para a América Latina considera que o mercado pode sofrer um "soluço" no ano que vem, com a introdução de novos motores menos poluentes nos veículos pesados brasileiros.A mudança prevista em lei visa a redução da poluição do ar e a adaptação ao uso de um novo diesel, S 50 (50 partículas de enxofre por milhão), que passará a ser vendido pela Petrobras nas grandes regiões do país.Os veículos menos poluentes devem ficar em média 15 por cento mais caros a partir do uso da nova tecnologia. "Se nada for feito, pode ter uma antecipação de compra esse ano porque os preços vão subir em média 15, 20 por cento para os caminhões de menor porte e 10 para os mais pesados", alertou Cortes.O executivo informou que o setor conversa com o governo e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre a possibilidade de um programa de financiamento para os novos veículos menos poluentes de forma a compensar em parte o reajuste de preço. Batizado de "Finame Verde", esse programa, segundo Cortes, poderia reduzir a taxa de juros de 10 para 4,5 por cento ao ano nos moldes das regras do PSI (Programa de Sustentação do Investimento) do governo.
Fonte da Matéria: Agencia Reuters
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