A joint-venture GB Polo, entre a Marcopolo e a egípcia GB Auto, produziu 210 ônibus no primeiro trimestre deste ano na cidade de Suez. Há planos de exportar os veículos a partir do Egito em 2011.
Isaura Daniel isaura.daniel@anba.com.br São Paulo – A Marcopolo, indústria brasileira de carrocerias para ônibus, produziu 210 unidades no Egito no primeiro trimestre deste ano. A fabricante, que tem sede no município gaúcho de Caxias do Sul, colocou em operação, em agosto do ano passado, uma linha de montagem em parceria com a empresa egípcia GB Auto, na cidade de Suez. A produção do ano passado em terras egípcias, no entanto, foi apenas experimental, de acordo com informações do diretor de Relações com Investidores da Marcopolo, Carlos Zignani, à ANBA.
Apesar da joint-venture, chamada GB Polo, ter fabricado 210 unidades, apenas 105 constam no balanço da Marcopolo, já que a outra metade da produção corresponde à empresa egípcia. Para este ano, a perspectiva é que a joint-venture produza 1.200 unidades no Egito, 600 correspondentes a Marcopolo e 600 à GB Auto. No primeiro trimestre, toda a produção foi destinada ao mercado interno egípcio, o que deve continuar ocorrendo até o final deste ano. A partir de 2011, no entanto, a Marcopolo tem intenção de exportar a partir da joint-venture.
"Pretendemos retomar as vendas para o Oriente Médio a partir do Egito, também para a parte Norte da África e futuramente para a Europa”, diz Zignani. A Marcopolo encerrou, em 2009, as atividades da sua fábrica em Portugal, de onde atendia a Europa. Para países árabes, como Arábia Saudita, Omã, Catar e Emirados Árabes Unidos, a Marcopolo chegou a exportar, mas perdeu mercado para a indústria turca e egípcia entre 2004 e 2005 com a valorização do Real. “No Egito não tínhamos conseguido entrar por causa dos fabricantes locais”, explica.
Por isso mesmo, e de olho nos mercados próximos, a Marcopolo resolveu formar a joint-venture. Com a Europa, por exemplo, o Egito tem um acordo de livre comércio, o que vai beneficiar as exportações do ônibus brasileiro. O fato de o Egito ser um país neutro, com relações com todos os países, inclusive com Israel, também pesou na decisão, de acordo com Zignani. A empresa parceira da gaúcha no Egito, segundo o diretor, tem ações na Bolsa de Nova York e assim como a Marcopolo é uma empresa transparente e com visibilidade.
A produção da Marcopolo no exterior deve alcançar 9.800 unidades em 2010. O montante vai significar 40% de tudo o que a empresa vai produzir como um todo, no Brasil e exterior, que serão 24.700 ônibus. De acordo com informações divulgadas pela assessoria de imprensa da Marcopolo, as operações no exterior foram, em grande parte, responsáveis pelo bom desempenho da companhia no primeiro trimestre deste ano. A companhia produziu, fora do país, entre janeiro e março, 2.018 ônibus, 64,9% mais do que em 2009.
A receita de exportações e no exterior alcançou R$ 233,8 milhões, 17% mais do que no mesmo período de 2009. De acordo com dados divulgados pela Marcopolo, os destaques foram as unidades da África do Sul e Índia, que mais do que dobraram a produção. “A desativação da unidade de Portugal e a paralisação da unidade da Rússia contribuíram para a redução de custos e a conseqüente melhora da imagem”, diz o relatório da empresa. A Marcopolo tinha produção com um parceiro local na Rússia, mas interrompeu as atividades no final de 2008.
A receita no Brasil, no entanto, também foi boa, saiu de R$ 264,8 milhões nos primeiros três meses de 2009 para R$ 445,4 milhões entre janeiro e março de 2010. No total, a receita operacional líquida da empresa gaúcha alcançou R$ 679,2 milhões. O lucro bruto cresceu 64% para R$ 163,7 milhões e o lucro líquido avançou 221,4% sobre o mesmo período do ano passado, para R$ 69,1 milhões. O Ebitda saiu de R$ 47 milhões para R$ 112,6 milhões, com crescimento de 139,6%. Em 2010, a Marcopolo pretende investir R$ 60 milhões de acordo com o diretor de Relações com Investidores.
http://www.anba.com.br/noticia
Apesar da joint-venture, chamada GB Polo, ter fabricado 210 unidades, apenas 105 constam no balanço da Marcopolo, já que a outra metade da produção corresponde à empresa egípcia. Para este ano, a perspectiva é que a joint-venture produza 1.200 unidades no Egito, 600 correspondentes a Marcopolo e 600 à GB Auto. No primeiro trimestre, toda a produção foi destinada ao mercado interno egípcio, o que deve continuar ocorrendo até o final deste ano. A partir de 2011, no entanto, a Marcopolo tem intenção de exportar a partir da joint-venture.
"Pretendemos retomar as vendas para o Oriente Médio a partir do Egito, também para a parte Norte da África e futuramente para a Europa”, diz Zignani. A Marcopolo encerrou, em 2009, as atividades da sua fábrica em Portugal, de onde atendia a Europa. Para países árabes, como Arábia Saudita, Omã, Catar e Emirados Árabes Unidos, a Marcopolo chegou a exportar, mas perdeu mercado para a indústria turca e egípcia entre 2004 e 2005 com a valorização do Real. “No Egito não tínhamos conseguido entrar por causa dos fabricantes locais”, explica.
Por isso mesmo, e de olho nos mercados próximos, a Marcopolo resolveu formar a joint-venture. Com a Europa, por exemplo, o Egito tem um acordo de livre comércio, o que vai beneficiar as exportações do ônibus brasileiro. O fato de o Egito ser um país neutro, com relações com todos os países, inclusive com Israel, também pesou na decisão, de acordo com Zignani. A empresa parceira da gaúcha no Egito, segundo o diretor, tem ações na Bolsa de Nova York e assim como a Marcopolo é uma empresa transparente e com visibilidade.
A produção da Marcopolo no exterior deve alcançar 9.800 unidades em 2010. O montante vai significar 40% de tudo o que a empresa vai produzir como um todo, no Brasil e exterior, que serão 24.700 ônibus. De acordo com informações divulgadas pela assessoria de imprensa da Marcopolo, as operações no exterior foram, em grande parte, responsáveis pelo bom desempenho da companhia no primeiro trimestre deste ano. A companhia produziu, fora do país, entre janeiro e março, 2.018 ônibus, 64,9% mais do que em 2009.
A receita de exportações e no exterior alcançou R$ 233,8 milhões, 17% mais do que no mesmo período de 2009. De acordo com dados divulgados pela Marcopolo, os destaques foram as unidades da África do Sul e Índia, que mais do que dobraram a produção. “A desativação da unidade de Portugal e a paralisação da unidade da Rússia contribuíram para a redução de custos e a conseqüente melhora da imagem”, diz o relatório da empresa. A Marcopolo tinha produção com um parceiro local na Rússia, mas interrompeu as atividades no final de 2008.
A receita no Brasil, no entanto, também foi boa, saiu de R$ 264,8 milhões nos primeiros três meses de 2009 para R$ 445,4 milhões entre janeiro e março de 2010. No total, a receita operacional líquida da empresa gaúcha alcançou R$ 679,2 milhões. O lucro bruto cresceu 64% para R$ 163,7 milhões e o lucro líquido avançou 221,4% sobre o mesmo período do ano passado, para R$ 69,1 milhões. O Ebitda saiu de R$ 47 milhões para R$ 112,6 milhões, com crescimento de 139,6%. Em 2010, a Marcopolo pretende investir R$ 60 milhões de acordo com o diretor de Relações com Investidores.
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