domingo, 29 de agosto de 2010

Indústria química cresce com lavagem de ônibus

Fundada há apenas dez anos, a fabricante de produtos de limpeza WFabrill, de São Caetano, descobriu um filão promissor - a terceirização da lavagem de ônibus e caminhões para companhias de transporte - e vem em forte ascensão. O faturamento, que já ultrapassa a casa dos R$ 20 milhões anuais, deve dobrar de tamanho neste ano.
O êxito nos negócios se explica em parte pela especialização no atendimento e pela economia obtida pela produção dos itens que utiliza nos serviços que oferece. No entanto, deve-se também à visão do jovem empresário Fabrício Rainatto.
Com a ajuda da família, Rainatto montou a WFabrill, no início comercializando os produtos que fabricava para empresas de ônibus, mas percebeu que poderia ampliar seus ganhos oferecendo os serviços de lavagem dos veículos. E nos últimos anos, agregou a venda e a gestão terceirizada de estações de tratamento de água, que o próprio empresário desenvolveu. Ele destaca que consegue economia de mais de 70% no consumo de água para as companhias atendidas.
Com esses diferenciais, o empresário - que antes de montar seu negócio fez curso de técnico em química em escola do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e trabalhou como encarregado de tratamento stone washed de fabricante de calças jeans e depois se formou em Engenharia Química - foi conquistando clientes. Hoje atende mais de dez grandes grupos em todo o País.
Os números da WFabrill falam por si: são 160 pontos de atendimento terceirizados, espalhados pelo País, quadro de mais de 1.000 funcionários diretos e escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis. Tem ainda cerca de 400 máquinas lavadeiras de alta pressão e faz lavagens que chegam a 200 mil por mês.
A companhia também administra estações de tratamento e reúso de água em 85 locais. Rainatto cita que os clientes rapidamente têm se dado conta que a construção de unidades de tratamento é investimento com retorno rápido (em média nove meses), o que compensa o gasto inicial, que gira em cerca de R$ 120 mil. "Podemos colocar água de pipa e de chuva, com reaproveitamento natural. E quando o empresário terceiriza (a gestão) conosco, oferecemos desconto (na montagem da estação)", afirma.
PASTILHA - Outro trunfo é um produto desenvolvido e patenteado pela empresa, que permite reduzir desperdícios na lavagem e facilita o tratamento de água: os detergentes são fabricados concentrados em forma de pastilhas, que dissolvem em contato com a água. "Foi meu irmão Giuliano quem projetou a pastilha", destaca Rainatto, que planeja ingressar com vendas no varejo.
O empreendedor tem mais planos para seguir em crescimento. Só como exemplo, ele cita que desenvolveu uma máquina lavadora blindada (para reduzir quebras), uma pulverizadora automática e uma vassoura elétrica, para aumentar a produtividade.

http://www.dgabc.com.br

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