segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Scania cria divisão para elevar vendas de ônibus pesados

Atenta a oportunidades da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas em 2016, a Scania Latin America criou uma divisão para aumentar as vendas de ônibus pesados (acima de 15 metros) no país.

Ana Paula Machado
(amachado@brasileconomico.com.br)

O diretor de vendas da Scania,
Wilson Pereira,
e Claudio Senna Frederico,
que assume a
nova divisão de negócios
Hoje, a companhia divide com Volvo e Mercedes-Benz o mercado para esse tipo de veículo, que historicamente fica entre 500 e 600 unidades por ano usadas no transporte público.
O diretor de vendas da Scania, Wilson Pereira, disse que a expectativa é que a demanda por ônibus pesados quase triplique com os projetos de Bus Rapid Transit (BRT) que devem entrar em operação em algumas capitais.
O sistema, que utiliza esse tipo de veículo em corredores de circulação, é uma alternativa mais viável e mais barata que o metrô. "Por isso a decisão de criar a diretoria para, junto ao poder público, mostrar os benefícios da solução."
Das vendas de ônibus urbanos pesados, a Scania responde por cerca de um terço do total, ou seja, em torno de 200 unidades anuais. "É um mercado que vai crescer muito até pela envergadura dos eventos esportivos que virão.
O Brasil precisa se preparar. Pensando nesse potencial de crescimento que criamos essa diretoria."
À frente da nova divisão de negócios está Claudio Senna Frederico, que foi secretário de transportes no governo de Mário Covas em São Paulo. Ele assume a diretoria com a missão de colocar a montadora sueca no centro das discussões de soluções eficientes de transporte público no Brasil.
"A Scania dá um passo importante nessa iniciativa. O debate agora vai além dos portões da nossa fábrica", disse Frederico.
Segundo ele, a ideia é mostrar as soluções tecnológicas que a empresa já dispõe em seu portfólio. "O BRT é um investimento em transporte público mais flexível. Ele se adequa perfeitamente às necessidades momentâneas das cidades.
Por exemplo, ele poderá ser usado em corredores específicos para a Copa e depois ser mudado para áreas onde a demanda por passageiros é maior. O que não pode ser feito com o metrô", afirmou. "É isso que vamos mostrar para os governos", acrescentou Frederico.
Outra solução para transporte público que a Scania trabalha é a tecnologia de motorização a etanol. Hoje, a montadora tem na cidade de São Paulo dois ônibus rodando movidos a álcool.
Wilson Pereira disse que a iniciativa faz parte de um projeto da prefeitura que está na fase de demonstração.
"São veículos que emitem até 90% menos gás carbônico que os ônibus movidos a diesel. Além disso, é uma tecnologia que já está comprovada. Temos cerca de 500 ônibus rodando nos sistema de transporte de Estocolmo, na Suécia. A frota desse veículo na cidade é de 2 mil ônibus", disse Pereira, acrescentando que a fábrica da montadora no Brasil, em São Bernardo do Campo (SP), tem toda a condição de fabricar esse modelo.

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