Leone Farias
O crescimento da economia brasileira e as condições ainda atrativas de financiamento normal para a compra de ônibus impulsionaram as vendas desses veículos em maio. A Mercedes-Benz do Brasil, que é líder do mercado, bateu recorde na comercialização de chassis no mercado interno.
A empresa registrou a venda de 1.785 unidades em maio. Foi o maior resultado desde que iniciou a fabricação desses equipamentos no País, há 54 anos. O volume é 16,7% acima do registrado no mesmo mês de 2010 e supera o desempenho de junho de 2010 (1.707 unidades), que era melhor marca até agora.
O vice-presidente de vendas, Joachim Maier, diz que a renovação da frota de ônibus urbano está puxando as vendas e a demanda está aquecida em regiões metropolitanas, principalmente a de São Paulo.
Além disso, a linha de crédito Finame-PSI (Programa de Sustentação do Investimento) do BNDES, com juros ainda reduzidos - no ano passada estava em 8% e, a partir de abril, subiu para 10% - para a compra desses veículos, e a economia em expansão favorecem os planos das transportadoras de melhorar os serviços aos usuários de transporte coletivo, aponta o executivo.
A companhia produz os chassis, que são estruturas de suporte do ônibus, nos quais agrega itens como motor, sistema de freios, caixa de marcha e transmissão. Após a compra desses produtos, os clientes (as viações de ônibus) os enviam para outras indústrias fazerem o encarroçamento.
No acumulado do ano, a empresa comercializou cerca de 7.000 unidades e alcançou quase 50% de participação nas vendas no País.
Maier projeta crescimento da ordem de 15% a 20% na área de ônibus, neste ano, ritmo semelhante ao que deve ser observado em todo o segmento nacional. Ele estima que o mercado chegará a 36 mil unidades comercializadas. No ano passado, as montadoras venderam 31 mil veículos de transporte coletivo.
O executivo assinala que, enquanto o transporte urbano mostrou aquecimento, ainda existe demanda reprimida para renovação de frotas rodoviárias.
Montadora está no limite de sua capacidade produtiva.
A Mercedes-Benz já está no limite da capacidade produtiva. Fabrica atualmente 295 veículos por dia, dos quais 70% são caminhões e o restante ônibus. Anualmente, tem capacidade de produção de 65 mil unidades (de caminhões e ônibus) por ano.
A empresa investe R$ 1,5 bilhão (de 2010 a 2012), para ampliação, para 75 mil unidades. Maier afirma que, com jornadas adicionais de trabalho, a meta é produzir 80 mil.
O valor do investimento inclui ainda o ajuste da unidade de Juiz de Fora (MG), que vai passar a fabricar caminhões a partir do início de 2012.
Apesar dessa expansão, a empresa estuda a abertura de terceiro turno na fábrica de São Bernardo, para dar conta do aumento da demanda e para abastecer, com peças, a linha de montagem da planta fabril mineira.
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