domingo, 31 de julho de 2011

Banco Fibra pede a falência da Busscar Ônibus

Rogério Souza Jr./ND
Dívida de R$ 3 milhões levou ao processo, que será julgado na Segunda Vara Cível de Joinville.
Cláudio FernandesJoinville @claudiojoi23
Busscar tem R$ 40 milhões em dívidas trabalhistas, segundo o Sintmec
Mais de um ano e meio após o início da crise na Busscar Ônibus S/A, o primeiro pedido de falência da empresa foi aberto, pelo Banco Fibra, de São Paulo. No processo, que será julgado pela 2ª Vara Cível de Joinville, o banco pede a recuperação judicial e a falência da empresa. De acordo com o Sintmec (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Oficinas Mecânicas de Joinville e Região), a Busscar teria dívidas de R$ 3 milhões com a entidade financeira. O processo foi protocolado no dia 30 de junho.
O Banco Fibra pertence ao Grupo Vicunha, que possui mais de 40 anos de atividades no Brasil. Além do Banco Fibra, o Grupo possui o controle acionário da Vicunha Têxtil e da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), empresas líderes nos seus setores. Procurado, o banco informou através de sua assessoria de imprensa que não se manifesta sobre processos judiciais. Atuante no setor de empréstimos para empresas, o Fibra possui uma carteira de crédito de R$ 8 bilhões e patrimônio líquido de R$ 792 milhões, segundo o balanço financeiro de 2010.
O pedido de falência da Busscar ainda não começou a ser analisado pelo juiz e não tem data para ir a julgamento. O presidente do sindicato, João Bruggmann, disse que espera ver uma solução para a crise da empresa pelo bem dos funcionários ainda vinculados à Busscar e para os demais que ainda têm a receber da empresa.
"Estamos atentos e esperamos que a empresa evite essa situação pedida pelo banco e, ainda, que apareça um investidor para resgatar essa marca e imprimir um novo ritmo, pagando os salários atrasados e retomando a produção", afirma Bruggmann.
A Busscar deve 16 salários atrasados aos funcionários, além do 13º de 2010 e 25% do décimo terceiro de 2009. Segundo o sindicato, os débitos com os funcionários ultrapassariam R$ 40 milhões. Dos 3,5 mil trabalhadores que a empresa tinha, restam pouco mais de 1,2 mil ainda com carteira assinada.
No TRT/SC (Tribunal Regional do Trabalho), onde a Busscar recorre da decisão da 1ª instância que bloqueou os bens da empresa e de seus sócios, ainda não há data para a retomada do julgamento. Ele foi suspenso no último dia 6, porque um dos juízes pediu mais tempo para analisar o processo.
*Com informações do ND Online

1 comentários:

  1. Falência já existe desde de antes da moratória da própria crise em si, só não era formalizada judicialmente,cade os atrasados,a dignidade profissional dos trabalhadores,os direitos previstos em lei em CTPS,enfim acho que não adianta Busscar mais nada nesse fatídico caso, que há de sepultar nos anais dos tribunais sulenses.

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