sexta-feira, 29 de junho de 2012

OAB-GO avalia transporte público na capital

Visita a terminais e breve passeio de ônibus fizeram com que presidente do grupo constatasse estado precário do serviço oferecido 
Um breve passeio de ônibus e uma caminhada por dois terminais da Capital foram suficientes para que o presidente da Comissão de Direitos Humanos da seção goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO), Alexandre Prudente, constatasse aquilo que todo cidadão goianiense conhece, na prática cotidiana, há muitos anos: superlotação, precárias condições físicas e total descaso e desrespeito com o usuário do transporte público em Goiânia e na região metropolitana.
A visita feita ao Terminal da Praça da Bíblia na tarde de ontem inaugurou as inspeções que serão realizadas pela seccional e resultarão em um relatório que será enviado aos órgãos de controle do Estado, como o Ministério Público, com o mapeamento e um posicionamento da entidade a respeito da situação registrada na prestação de serviço dos órgãos responsáveis pelo transporte público na cidade.
“É como se no transporte coletivo todas as regras pudessem ser quebradas. As pessoas estão amontoadas sem segurança alguma”, relata Alexandre Prudente de dentro de um ônibus da Metrobus, no Eixo Anhanguera, no qual o presidente embarcou com alguns membros da comissão para avaliar presencialmente como é o transporte em horário de pico. 
Por coincidência, ou não, o ônibus que estacionou na plataforma para a viagem dos advogados foi um extra, que iniciou a viagem ali mesmo e, embora os relógios marcassem 18 horas, não estava tão lotado como de costume. A informação de que se tratava de um carro sobressalente foi repassada pelos próprios funcionários do terminal.
Reclamações
“O transporte público está uma vergonha. Está péssimo. Tem de melhorar tudo”, é o que reclama a técnica em Enfermagem Ana Paula Souza Ferreira, 30, que aguardava um carro da linha 612 ao dizer que os ônibus estão velhos, não cumprem horário e estão sempre superlotados. Alexandre Prudente concordou: “Não existem bancos para a espera dos usuários. Não há controladores de fila. O terminal lotou em apenas 15 minutos”. 
O presidente explica que o procedimento interno para reunir a amostragem que resultará no relatório foi iniciado após inúmeras reclamações feitas pela população à Ordem. De acordo com ele, o trabalho de diligências será finalizado até setembro, e não será necessário visitar todos os terminais para se inteirar da situação do conjunto.

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