Conforto e segurança serão itens obrigatórios. Veículos terão sistema eletrônico para enviar dados sobre cumprimento de horários e itinerários.
As empresas de ônibus que operam linhas interestaduais e internacionais vão ter que melhorar os serviços a partir do ano que vem. Vem aí uma licitação. E conforto e segurança serão itens obrigatórios.
O fim da viagem nunca foi tão desejado pela operadora de telemarketing Juliana dos Reis Lopes. O desembarque da longa jornada entre Cuiabá e Belo Horizonte se deu com uma hora de atraso. “Você fica ansiosa para chegar logo, acabar logo a viagem”, diz ela.
Reginaldo dos Santos ia de Tocantins para o Espírito Santo. A cada parada, uma sessão de alongamento. “A coluna já está doendo um pouco”, conta.
Missão sofrida mesmo é ser vizinho de banheiro. “Se for viagem longa, aí vem a dor de cabeça por causa do mau cheiro e incomoda muito mesmo”, conta o técnico de informática Dênis de Macedo.
É grande a lista de reclamações que chegam à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A promessa é de que a melhora está a caminho. A partir do ano que vem, as empresas que quiserem continuar no mercado terão que comprovar que têm capacidade de prestar um bom serviço.
O edital de uma licitação deve ficar pronto até o mês que vem. Todas as linhas interestaduais e internacionais serão abertas à concorrência. Só poderão participar empresas com ônibus que tenham até dez anos de uso. A idade média da frota não pode ter mais de cinco anos. Os veículos têm que ser equipados com sistema eletrônico que envia dados sobre cumprimento de horários e itinerários.
“A outra exigência que nós fazemos é uma qualificação técnica das empresas. Tendo um pessoal mais qualificado e uma gestão mais qualificada, o atendimento e a prestação de serviço vão ser refletidos diretamente para o usuário. No caso, se a empresa for uma má prestadora de serviço, ela perde a concessão em operar”, explica Sônia Haddad, superintendente de serviços de transporte de passageiros da ANTT.
Serão criadas mais 126 linhas para atender 34 cidades que não têm serviço regular de transporte. A ANTT espera que as mudanças façam o preço das tarifas cair para pelo menos 80% dos usuários.
“Eu acho que pelo preço podia melhorar. É bem puxadinho”, opina uma mulher
Fonte da Matéria: http://g1.globo.com/
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