Em operação desde março no ramal Deodoro, os trens chineses têm provocado uma mudança de comportamento nos usuários.
As novas composições, as mais modernas em operação no sistema ferroviário fluminense, despertaram nos passageiros a preocupação com a conservação e limpeza. Ontem entrou em circulação o 16º trem de um total de 30 adquiridos pelo Governo do Estado. Com a garantia de conforto e segurança, a SuperVia pretende atrair, até o fim do ano, mais 60 mil passageiros ao dia, além dos 540 mil atuais.
Equipados com ar-condicionado, painéis de LED,bagageiros, câmeras de monitoramento interno e um moderno sistema de comunicação e sinalização, os trens contam ainda com a ajuda de agentes para manter a ordem. Ao chegar às estações terminais, todos os trens passam por serviço de limpeza, e a concessionária realiza um trabalho constante
de conscientização sobre o descarte correto de resíduos.
O resultado é um índice expressivo no item limpeza: 96% de adequação, na avaliação da Câmara de Transportes e Rodovias da Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado). Fiscalizadas desde abril, as novas composições apresentam o melhor desempenho entre as que estão em circulação.
– Com a entrada das 16 novas composições chinesas, já foi possível perceber uma mudança no comportamento dos passageiros. Não há lixo no chão, desrespeito aos assentos preferenciais ou música alta nos vagões. Pretendemos maximizar a utilização do transporte de massa, e a meta é chegar aos 600 mil passageiros transportados por dia até o
fim do ano – afirmou o diretor de Operações da SuperVia, João Gouveia.
Em julho, a SuperVia registrou 20 mil usuários a mais nos terminais contemplados com os vagões chineses. É o caso do advogado Fábio Henrique Souza, 35 anos, que passou a usar o trem depois da chegada das novas composições.
– Três vezes por semana, faço o trajeto entre a Central do Brasil e Bangu. Antes, usava o ônibus especial, mas agora opto pelo trem devido à qualidade do serviço. Os horários são bons e a gente pode se programar. As pessoas estão respeitando o ambiente, e muita gente aproveita a viagem para ler um livro. O público está mudando – disse.
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