O Rio de Janeiro do bondinho do Pão de Açúcar e do trem do Corcovado deve ganhar em outubro uma nova opção turística: um veículo anfíbio para passeios nas águas da baía de Guanabara.
A atração vai se somar a outras já existentes na cidade, como o pedalinho da lagoa Rodrigo de Freitas, os passeios de jipes e ônibus abertos e escunas, voos livres e sobrevoos de helicóptero.
Será a estreia dessa modalidade de turismo no Brasil. Países como os EUA, Emirados Árabes, Austrália, Inglaterra e Espanha já usam essa espécie de ônibus-barco em passeios para turistas.
No caso do Rio, a inspiração foram os anfíbios da cidade de Boston (EUA), que surgiram de veículos usados na Segunda Guerra Mundial.
No conflito, os anfíbios serviam para o combate, transporte de passageiros e carregar alimentos dos navios para as tropas em terra. Após a guerra, vários foram modificados e usados no turismo.
O passeio vai durar uma hora e meia, ao custo de R$ 100 (adulto). O veículo vai navegar pela enseada de Botafogo e trafegar pela orla de Copacabana, zona sul, com saídas do morro da Urca.
De olho no boom de turistas, a empresa pretende ampliar a frota para dez unidades até a Copa de 2014 e incluir novos passeios, como na lagoa de Marapendi. O investimento é de R$ 8 milhões.
O passeio do bondinho custa R$ 53 (adultos) e R$ 26 (idosos e crianças de 6 a 12 anos). No trem do Corcovado, adultos pagam R$ 44. Idosos e crianças (6 a 12 anos) pagam R$ 22. Criança abaixo de seis anos não paga esses passeios.
O de jipe tem preços que vão desde R$ 95 (do morro Dona Marta) a R$ 262 por pessoa (Corcovado, Floresta da Tijuca, Jardim Botânico e Pão de Açúcar). O passeio no pedalinho sai por R$ 20 e de escuna, R$ 40.Segundo o sócio da empresa, Paulo Valladares, a intenção é abrir franquias em outras cidades brasileiras.
O anfíbio entrará no mar pela rampa do Clube de Regatas Guanabara. O acordo com o clube foi feito, e o veículo deve passar pela vistoria da Capitania dos Portos.
Segundo Valladares, na água o veículo chega a 10 km/h. Em terra, a 80 km/h. O anfíbio foi construído sobre um chassi de ônibus.
O casco é formado por chapa de aço e isopor. E da caixa de câmbio é que sai o eixo da hélice. "É seguro e eficiente", disse o empresário.
Os testes foram feitos semana passada na represa de Guarapiranga, em São Paulo.
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