O sistema de transportes coletivo de Campina Grande está operando no limite. As empresas que tem permissão para explorar o sistema, tem perdido cada vez mais passageiros para os carros clandestinos, gerando prejuízos para seus proprietários. Pelo menos é o que garante o superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Campina Grande ( Sitrans) , órgão que representa o consórcio de empresas que opera o sistema de transporte coletivo urbano de Campina Grande, Anchieta Bernardino.
Segundo Bernardino o quadro é de gravidade e o paciente se encontra em estado terminal. De acordo com o diretor, nos últimos anos, o sistema perdeu cerca de 50% de seus passageiros e um dos motivos, é a concorrência desleal e predatória praticada pelo transporte ilegal (clandestino), um mal crônico que cresce visivelmente e de forma assustadora no município, ameaçando o equilíbrio econômico das empresas, ferindo a Lei 12.587/12 que define a política Nacional de Mobilidade Urbana e às recentes decisões do Poder Judiciário da Paraíba, obrigando a STTP a fiscalizar e a reter os veículos que fazem o transporte clandestino e ilegal de passageiros, inclusive fazendo uso da força policial. Ele acredita que nos últimos anos as empresas perderam mais de 1 milhão de passageiros na cidade.
Anchieta destaca outro vilão, o óleo diesel, que nos últimos oito meses sofreu três aumentos (julho de 2012, janeiro e março de 2013), que elevaram o preço produto em mais de 14%, contra um reajuste na tarifa de 4,76%, dado em janeiro deste ano.
A frota do transporte coletivo de Campina Grande tem 240 veículos (incluindo a reserva técnica), que estão dotados de modernos equipamentos de tecnologia que permitiram a instalação da bilhetagem eletrônica e, através dela, os benefícios da integração, que já é usada por 20% dos passageiros transportados. Ou seja, esses passageiros, pagando apenas uma tarifa de R$ 2,20 estão fazendo até três integrações, nas duas modalidades, são os dados fornecidos pelo Sitrans.
Anchieta Bernardino também fez um balanço do primeiro mês de implantação do Sistema de Integração Temporal em Campina Grande.” – Pensávamos que as pessoas iriam aprender com menos velocidade, mas aprenderam rapidamente. Nossa intenção é melhorar a cada dia o transporte coletivo de nossa cidade, projeto de mobilidade urbana deve priorizar o transporte coletivo como esteio dos deslocamentos, por último chegamos aos carros particulares de luxo – explanou o Bernardino.
Só no primeiro mês foram contabilizadas aproximadamente 20 mil viagens nos ônibus que fazem a integração temporal. Anchieta também afirmou que a pedido do poder público a frota de ônibus será renovada, e complementou que houve registros de superlotação após a implantação da integração temporal.
Fonte: PBAgora
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