Exposição mostrou as novidades que já rodam ou irão rodar pelas ruas e rodovias do País
O transporte coletivo no Brasil vive uma fase agitada. As recentes manifestações que tomaram as ruas de diversas cidades brasileiras puseram o setor em xeque. Além do aumento das tarifas de ônibus, a qualidade dos veículos utilizados também foi alvo de diversos protestos. Aliados à iminência de eventos de grande porte que acontecerão no Brasil - Copa do Mundo e Olimpíadas -, as passeatas geraram uma demanda crescente por soluções. E é nesse clima que ocorreu a Fetranspúblico 2013, que entre os dias 3 e 5 de julho ocupou o pavilhão da Transamérica Expo Center, na capital paulista. A exposição reuniu diversos fabricantes de chassis de ônibus, encarroçadoras e fornecedores do setor de transportes coletivos, que puderam mostrar suas novidades que já rodam e as que em breve irão rodar nas ruas brasileiras.
Ônibus articulado fabricado pela Mercedes Benz de olho na implantação do sistema BRT em várias cidades brasileiras - DIVULGAÇÃO
A grande aposta do evento foram os chassis com motor dianteiro e suspensão pneumática. Segundo os fabricantes, esses chassis reduzem sensivelmente os níveis de vibração e ruído do componente e oferecem mais conforto e segurança a motoristas e passageiros. Outro ponto a favor é a redução nos custos de manutenção. Líder de mercado brasileiro de ônibus, a alemã Mercedes-Benz apresentou os novos OF 1721L/59 e o OF 1724L/59. Além do transporte coletivo, os novos chassis também são indicados para fretamentos. Já a compatriota MAN levou o Volksbus 18.280 OT piso baixo, o primeiro com suspensão pneumática integral. O veículo está equipado com o motor MAN D08 EGR de seis cilindros e a transmissão automática ZF Ecolife. A sueca Volvo exibiu o chassi B270F, que tem configuração 4x2 e permite uma ampla gama de carrocerias. É voltado para os segmentos urbano, rodoviário e de fretamento. A também sueca Scania adotou a suspensão com molas e mostrou o chassi urbano F 250 4X2 NZ. O modelo sai de fábrica com distância entre-eixos de 6.500 mm. Essa configuração permite comportar carrocerias de 12,6 até 13,2 metros de comprimento. A brasileira Agrale não quis ficar de fora da "brincadeira" e lançou o chassi MA 17.0, destinado a aplicações urbanas e de fretamento. É a estreia da fabricante no segmento mais representativo do mercado, já que representa 40% das vendas totais de chassis do Brasil.
A Fetranspúblico 2013 também teve seu lado sustentável. Promessas no ano passado, os ônibus híbridos já viraram realidade. A Volvo trouxe seu Hibribus, que combina um motor diesel e um elétrico, que funcionam isolada ou simultaneamente sistema chamado de híbrido paralelo. O propulsor elétrico tem o mesmo torque do motor a combustão -81,5 kgfm. Quando o veículo para - os pontos, semáforos ou congestionamentos - o motor "convencional" é desligado e o elétrico mantém em funcionamento os sistemas auxiliares, como as luzes, o ar-condicionado e os letreiros. Cerca de 30 unidades já rodam na cidade de Curitiba. A Mercedes-Benz inovou a lançou e também lançou o HíbridoBR. Diferentemente do Hibribus, o ônibus "verde" da marca alemã usa o motor diesel 4.8 litros de 150 cv como gerador de energia para o motor elétrico. Esse sistema permite o carregamento das baterias que ficam situadas na parte de cima do veículo. Além disso, a Mercedes usa a tecnologia regenerativa dos freios igual ao KERS utilizado na Fórmula 1. O sistema recupera a energia perdida quando o pedal do freio é acionado e transforma e carga para as baterias. A Iveco, por sua vez, apresentou o Daily Minibus Elétrico, veículo-conceito desenvolvido para aplicações de transporte tanto turístico quanto profissional em áreas que busquem soluções com baixo impacto ambiental.
Outros destaques da feira foram os modelos para o BRT - o inglês Bus Rapid Transit. Implantados em capitais como Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e futuramente em cidades como Sorocaba, eles podem levar um número maior de pessoas por viagem através de vias de tráfego exclusivo, cortando grandes avenidas. A Mercedes-Benz mostrou o OM 500 UDA, capaz de suportar carrocerias de até 23 metros de comprimento. O "superarticulado" pode levar mais de 200 passageiros e tem aplicação específica nesses sistemas de transporte, onde as paradas são feitas em estações construídas junto aos corredores, nas quais o passageiro paga a passagem na própria estação e libera os ônibus das famigeradas catracas. Por sua vez, a Scania também mostrou suas soluções para o BRT e exibiu o articulado K 310 6X2/2 piso normal, de 18,6 metros e capacidade para 160 passageiros. Com as obras dos BRTs previstas para inaugurarem esse ano estão atrasadas, muitos fabricantes estão com um pé atrás nas vendas do segmento. Alguns até torcem para que as manifestações das ruas motivem os políticos a agilizarem as soluções de transporte urbano. (por Raphael Panaro - Auto Press)
Destaques dos veículos presentes na Fetranspúblico
Agrale - A fabricante gaúcha levou para a feira o novo chassi MA 17.0. Com essa plataforma, a Agrale entra no segmento mais representativo do transporte de passageiros, já que o modelo é destinado a aplicações urbanas e de fretamento. Admite carrocerias de até 12,5 metros e foi projetado para atender as condições mais severas de trânsito urbano. É equipado com motor dianteiro de seis cilindros e 225 cv de potência
Iveco - A Iveco apresentou na Transpúblico 2013 o Eurorider, o primeiro chassi da marca para o segmento rodoviário. O modelo, que atende a faixa de 19 toneladas, será usado pelo Corinthians. Outra atração foi o Daily Minibus Elétrico, desenvolvido para aplicações de transporte tanto turístico quanto profissional. O veículo ainda é conceito e atua em áreas que busquem soluções com baixo impacto ambiental.
MAN - O estande da marca alemã foi palco de lançamento do VW 18.280 OT piso baixo, o primeiro
Volksbus com suspensão pneumática integral. O veículo está equipado com o motor MAN D08 EGR de seis cilindros e a transmissão automática ZF Ecolife. A fabricante também apresentou o chassi VW 15.230 OT com agilidade e desempenho para operações distribuidoras e alimentadoras. Os veículos foram desenvolvidos para atender à demanda crescente de ônibus acessíveis em todo o território nacional, além de aliar o conforto da suspensão a ar e a agilidade no embarque e desembarque nos pontos de parada
Mercedes-Benz - A grande novidade é o HíbridoBR. Desenvolvido totalmente no Brasil, o ônibus "verde" alia um motor diesel e outro elétrico. O propulsor a combustão funciona apenas como gerador de energia para recarregar as baterias que estão postas no teto do ônibus. Outro destaque do estande foi o superarticulado OM 500 UDA. Com 23 metros de comprimento, o veículo destinado ao BRT pode levar mais de 200 ocupantes. Em breve estará rodando nos corredores de tráfego do Rio de Janeiro.
Scania - O destaque da Scania na feira foi chassi urbano F 250 4X2 NZ. O modelo sai de fábrica com distância entre-eixos de 6.500 mm. Essa configuração permite comportar carrocerias de 12,6 até 13,2 metros de comprimento. As suspensões dos eixos dianteiro e traseiro são com molas. Um dos itens do pacote de opcionais é o freio ABS. A versão possui motor de 9.0 litros, rende 250 cv de potência e desenvolve um torque de 117,6 kgfm que segundo a marca sueca é o maior da categoria. Além do F 250 4X2, a Scania também mostrou o três modelos: um chassi F 250 NZ 4x2, outro F 250 NZ 4x2 encarroçado e o articulado K 310 6x2/2, piso normal, de 18,6 metros, que pode ser utilizado em corredores BRT. A capacidade chega a 160 ocupantes e sua tração é 6x2. A potência do motor chega a 310 cv.
Volvo - A marca sueca levou para a Fetranspúblico 2013 a sua "vedete verde": o Hibribus, que alia um motor diesel e um elétrico. Podem funcionar isolada ou simultaneamente sistema chamado de híbrido paralelo. A Volvo mostrou também o chassi com motor dianteiro da marca, B270F, com suspensão pneumática. Desenvolvido exclusivamente para o transporte de passageiros, o componente reduz sensivelmente os níveis de vibração e ruído da suspensão e oferece mais conforto e segurança a motoristas e passageiros, já que a tecnologia absorve melhor os impactos da operação.
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