Em vez do bilhete, smartphone com tecnologia NFC é passado na máquina.
Enquanto isso, passageiros fazem reclamações do Bilhete Único tradicional.
No Rio, passageiros reclamam que o tempo de validade do Bilhete Único não é suficiente para fazer todo o trajeto de casa para o trabalho. Agora uma nova tecnologia está sendo testada para facilitar o pagamento de passagens.
Em vez do cartão, o passageiro vai passar o celular pela máquina. E ainda consultar o saldo pelo telefone.
Mas tem que ser um smartphone, com tecnologia NFC, que permite a troca, sem fios, de dados.
O sistema, que está sendo testado, tem previsão de começar a funcionar no ano que vem.
A forma de pagamento ainda não foi definida.
"Não tem que enfrentar fila nos postos para comprar o cartão, e o embarque é muito mais rápido", diz a coordenadora da Riocard Patricia Araújo.
"Em qualquer lugar que você estiver você pode comprar sua carga, e não ter que ir a posto, nem nada", afirma o diretor da Riocard, Homero Quintaes.
Taí uma reclamação recorrente de quem usa o Bilhete Único no Rio. "Encontro filas às vezes. Você está com pouco de pressa para chegar ao trabalho, a fila para recarregar é muito ruim", reclama um passageiro.
"Você tem que fazer uso do dinheiro, enquanto a recarga não é liberada, ou enfrentar uma fila imensa aqui no subsolo da Central para fazer a recarga na máquina", diz o funcionário público Rodrigo Amorim.
"O problema do Bilhete Único hoje é recarregar mesmo", afirma outro passageiro.
Mas esta não é a única reclamação.
O Bilhete Único surgiu para facilitar a vida do cidadão, não para complicar ainda mais. Só que muita gente que chega à Central do Brasil vem de longe, já pegou mais de uma condução e quando vem pegar o ônibus, o tempo do bilhete já expirou e tem que pagar outra passagem.
São duas horas para os trechos no Rio e meia hora a mais para os trechos intermunicipais.
O Clécio sai de casa às 5h30 da manhã em Sepetiba, na Zona Oeste. O trabalho dele fica a 48 quilômetros, na Pavuna, Zona Norte. Tem que fazer baldeação, o trajeto é demorado. Muito trânsito. "Duas horas e quarenta", diz ele.
Keila mora a 70 quilômetros do Centro da cidade. Ela caminha para não pagar duas passagens. “Eu venho de muito longe, Santa Cruz, lá na Zona Oeste. De duas horas já passou, às vezes quero pegar ônibus e eu tenho que pagar mais. Aí, não uso. Vou a pé”, conta a estudante Keila Paiva.
A Secretaria Municipal de Transportes informou que, como não houve reajuste da tarifa em junho deste ano, não vai ser possível aumentar o intervalo do uso do bilhete eletrônico.
Sobre as filas e a dificuldade para fazer a recarga, a Riocard disse que o serviço pode ser feito pela internet e em mais de 1.600 postos.
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