Para seus torcedores, a história do Vasco, com todos os títulos, é digna de cinema. Mas, dessa vez, o Gigante da Colina se aproximou mesmo das telonas. A torcida vascaína escolheu, em enquete no site oficial do clube, o design no novo ônibus dos jogadores, usados para os treinos, concentrações e viagens curtas. A arte vencedora foi a chamada “Almirante”, na qual um português poderoso segura o mastro com a bandeira cruz-maltina ao vento.
Em entrevista ao Esporte Interativo, o designer do Vasco e idealizador do novo layout, Gustavo Rodrigues, revelou a inspiração para a cara do marinheiro português que aparece na parte da frente do veículo. A ideia aliou o clube de São Januário a um dos maiores sucessos de bilheteria de Hollywood.
“Sempre fui fanático por Piratas do Caribe e sempre associei muito ao Vasco, apesar de serem em épocas diferentes na história. Mas a lenda do ‘Holandês Voador’, um navio que zarpou de Amsterdã e sumiu nos mares também sempre me encantou. No filme, o seu capitão acaba sendo folclorizado pelos tentáculos do conhecido marinheiro Davy Jones. Juntei tudo e tentei codificar numa linguagem vascaína”, contou Gustavo.
No filme produzido pela Disney, Davy Jones (interpretado por Bill Nighy) é o capitão de um navio assombrado e só pode pisar em terra firme de 10 em 10 anos. Isso o torna parte do mar. O navegador acaba criando tentáculos no lugar de sua barba e ficando com um aspecto de uma criatura marinha.
Como o próprio designer mencionou, a história do capitão é bem diferente do Holadês Voador. Jones seria uma lenda do Mar do Caribe no século XVIII, que atormentava os marinheiros e os deixava perdidos em seu baú da morte. Por isso, naquela época, encontrar Davy Jones era sinônimo de morrer no mar.
Gustavo explica que o design do ônibus vascaíno partiu dessa tradição do Vasco pelo mar. Além de ter sido fundado como um clube de remo, o Gigante da Colina leva o nome de um importante navegador português e o capitão Vasco da Gama flutuou nas ideias do designer e o inspirou para a criação do ônibus.
“Eu sempre olhei para o Vasco não somente como um clube de futebol, mas toda a carga histórica e cultural que o time carrega. Quando imaginava a história por trás do nome, imaginava uma figura de um capitão destemido e bravo que desafiou o mar desconhecido em busca de seu objetivo”, contou Gustavo.
Fonte: http://www.netvasco.com.br/
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