domingo, 2 de outubro de 2011

Ônibus de piso baixo é uma decisão que respeita a população

Texto: Ronaldo Andrade Inácio - Editor do Site Viva Pedra de Guaratiba
Finalmente a Prefeitura do Rio efetua uma modificação extremamente válida da qual a população sentirá mais intensamente o benefício do que outras que têm sido implementadas até então no sistema de ônibus da cidade. A resolução de adotar o ônibus de piso baixo vem em boa hora atender a uma das maiores necessidades dos usuários e que beneficiará diretamente as senhoras, idosos e crianças no seu acesso ou desembarque dos veículos. Há pouco tempo eu, que tenho estatura mediana, padrão do carioca (em torno de 1,70 m de altura), senti grande dificuldade em embarcar em um ônibus da linha intermunicipal Caxias-Freguesia. O carro apesar de novo (daqueles que possuem porta para acesso de deficiente) possuía o degrau da porta de embarque muito alto, maior do que daqueles a que estamos acostumados. Uma senhora idosa que entrou na minha frente, com cerca de 1,55 m de altura, teve que receber ajuda de outra que subiu antes, a qual teve de puxá-la para dentro do veículo.
Embora existam ainda várias pendências nesse serviço, principalmente no que tange às carrocerias, distribuição do espaço interno, número de portas de acesso e desembarque, posição da máquina do Riocard e outras, a adoção do piso baixo é fundamental para que os usuários do sistema de transporte do Rio comemorem e possam acreditar que novas e boas mudanças complementares poderão estar a caminho. Ônibus com o piso mais baixo do que o habitual já circulavam em algumas linhas que adotaram veículos do modelo "Viale" ou micro-ônibus que por sua natureza e estrutura oferecem essa facilidade aos passageiros. Entretanto, os novos ônibus de piso rebaixado são os primeiros que depois de muitas décadas são apropriados para a finalidade a que se propõem, ou seja, ônibus para transporte de passageiros. Em verdade o que circulava até então em nossas ruas, são carrocerias de ônibus montadas sobre chassis de caminhão. A maioria destes veículos acumulava alguns inconvenientes como a retirada ou ausência de amortecedor, fato que ocasiona um desconforto maior ainda ao passageiro em algumas ruas e estradas esburacadas, além do calor, barulho e desconforto do motor frontal (os ônibus de piso rebaixado possuem motor externo na parte traseira, lembrando os antigos carros "monobloco" da fábrica Mercedes Benz).
Logicamente os "rebaixados" estarão em uso primeiramente nas linhas de corredores expressos BRS que estão sendo estabelecidos primeiramente na zona sul e depois, segundo promessa da Secretaria de Transportes, deverão se espalhar em outras regiões da cidade. Notadamente em locais com estradas do tipo das existentes na Zona Oeste (em Guaratiba, cercanias de Campo Grande e Santa Cruz, por exemplo) onde quebras-molas existem de 50 em 50 metros (alguns colocados pela Prefeitura e outros pelas próprias comunidades) não deverão ser comtempladas com esse benefício. Em verdade, a maioria destes bairros é servida por micro-ônibus, kombis e vans (oficiais e alternativas) que substituíram antigas linhas de ônibus estabelecidas. Um dos únicos desencontros da Prefeitura junto aos consórcios formados pelas antigas empresas foi a dispensa dos carros de piso baixo logo no início da implantação das atuais mudanças no sistema de transportes. Grande parte das antigas empresas (que se encontram em dificuldade pela baixa financeira dada à introdução não programada de kombis e vans piratas no transporte da cidade) adquiriram carros novos com três portas (carros c/entrada e elevador para especiais) em grande número, em atendimento a exigências da FIFA e Comitê Olímpico Internacional. Agora cremos que grande parte desses carros seminovos (alguns não chegam a ter dois anos de uso), deverão ser substituídos pelo novo padrão adotado para circulação nas ruas do Rio de Janeiro.
Os novos ônibus possuem frente (máscara) semelhante aos futuros carros do BRT e o espaço interior é melhor planejado. Algumas janelas são maiores do que o convencional, proporcionando assim melhor luminosidade dentro do veículo e tornando-os mais próximos ao moderno desenho das carrocerias italianas e europeias, que estão sempre antenadas em relação aos itens de conforto e modernidade.
Fonte da Matéria: http://www.portalguaratiba.com.br/
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