Após ler o artigo "Caos no Rio de Janeiro", de Marcos Coimbra, publicado na edição de 16/2/2012 no MONITOR MERCANTIL, sinto-me na obrigação de esclarecer algumas questões sobre os corredores BRS que o autor cita em seu texto. Os corredores BRS, que já totalizam 18 km em vias do bairros de Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo e Centro, não foram concebidos para atender aos interesses dos empresários de ônibus. Conceder prioridade ao transporte público é uma necessidade clara dos grandes centros urbanos e não poderia ser diferente numa cidade como o Rio de Janeiro.
A partir desse projeto, foi possível manter os níveis de atendimento à população com uma frota menor (o que reduz a emissão de poluentes) e com tempos de viagem diminuídos (em Copacabana, por exemplo, o tempo de travessia da Av. Nossa Senhora de Copacabana caiu pela metade). Priorizar o transporte público é também uma decisão acertada se considerarmos que a utilização de ônibus aumentou em 5% no eixo da Zona Sul litorânea (Leblon a Botafogo, na altura do Shopping Rio Sul). Nem o Rio de Janeiro nem as grandes cidades do mundo podem depender do automóvel como principal modo de deslocamento de sua população.
Affonso Nunes
Coordenador de Comunicação Social
Secretaria Municipal de Transportes
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