5 meses após início do novo sistema de transporte coletivo, veículos ficam parados em vez de estar na rua...
HEITOR MAZZOCO/heitor.mazzoco@bomdiariopreto.com.br
Os micro-ônibus da Circular Santa Luzia e Expresso Itamarati estão encostados nas garagens das empresas. Eles não entram em circulação desde os primeiros dias da implantação do novo sistema de transporte coletivo urbano da Prefeitura de Rio Preto, que começou em novembro.
No total, segundo o edital de concessão do transporte público, 59 micro-ônibus (frota operacional), 48 da Santa Luzia e 11 da Itamarati deveriam operar pelas ruas da cidade. Com a frota reserva, o número de miniônibus sobe para 65 (53 da Santa Luzia e 12 da Itamarati). 2.065 passageiros podem ser transportados nos 59 micro-ônibus, que tem 35 assentos cada.
Veja aqui o que está no edital
HEITOR MAZZOCO/heitor.mazzoco@bomdiariopreto.com.br
Garagem da Circular Santa Luzia lotada de ônibus novos |
No total, segundo o edital de concessão do transporte público, 59 micro-ônibus (frota operacional), 48 da Santa Luzia e 11 da Itamarati deveriam operar pelas ruas da cidade. Com a frota reserva, o número de miniônibus sobe para 65 (53 da Santa Luzia e 12 da Itamarati). 2.065 passageiros podem ser transportados nos 59 micro-ônibus, que tem 35 assentos cada.
Veja aqui o que está no edital
A retirada deles das ruas pode implicar desde advertência por escrito até pagamento de multa por caracterizar penalização “gravíssima”, segundo o edital. Caso 20% ou mais da frota não entre em circulação por mais de 24 horas, sem justificativa, as empresas passam a ficar em desacordo com o artigo 11 do Anexo 7 do edital.
No total, o transporte coletivo de Rio Preto deveria ter 217 carros nas ruas, porém, sem os 59 micro-ônibus, 27,1% da frota estão fora das ruas. A Circular Santa Luzia tem 31,7% de sua frota encostada.
A Expresso Itamarati está com 16,7 % dos veículos fora de circulação, o que livra a empresa de multas. O BOM DIA questionou as empresas, por meio de suas assessorias de imprensa, quantos ônibus circulam todos os dias a fim de saber se há mais carros normais em circulação para compensar a falta de micro-ônibus. A resposta foi de que o questionamento deveria ser feito à prefeitura, que respondeu que somente as empresas podem divulgar os números.
Reclamação / As pessoas que usam o transporte de Rio Preto sentiram a diferença nas modificações no sistema de transporte de novembro para cá. Para o auxiliar de cozinha, Carlos Feliciano, os micro-ônibus, no início, ajudavam a diminuir o número de passageiros e o tempo de viagem.
“No final de semana eu espero circular por 40 minutos. Quando colocaram os micro-ônibus, chegava mais cedo no terminal”, diz. Feliciano acorda todos os dias por volta das 5h30 e espera o circular do São Francisco em um ponto perto de casa por volta das 6h. “Se eu perder é certeza que chego atrasado no trabalho por que a diferença de horário será grande”, afirma.
Caroline Bernardo, auxiliar administrativo, usa a linha do São Deocleciano. Ela dá um recado ao poder público para ajudar quem usa o transporte. “Os micro-ônibus saíam nos mesmos horários que os ônibus. Deveriam colocar em horários alternativos”, diz.
Especialista diz que micro-ônibus ajudam a diminuir lotação
Os micro-ônibus que deveriam estar circulando por Rio Preto desde novembro, segundo edital, ajudariam a diminuir a lotação nos ônibus e até diminuiria o tempo de viagem, diz a consultora Elaine Sizilodiz, especialista em trânsito. “Deveriam fazer uma pesquisa para saber quais os horários com maior número de usuários e acrescentar os micro-ônibus. Isso facilitaria para diminuir o número de passageiros que aguardam por transporte”, afirma.
“É claro que também é preciso alternar os horários para que os ônibus não saiam juntos com os micro-ônibus”, diz. Outra questão citada como prejudicial pela especialista é a falta de cobradores. “Não adianta ter micro-ônibus e não ter cobradores. A cobrança feita por motoristas enquanto dirigem pode atrasar a viagem e ocasionar até acidentes. É uma questão polêmica”, afirma ela.
Empresas dizem aguardar autorização da prefeitura
As empresas Circular Santa Luzia e Expresso Itamarati, responsáveis pelos transporte coletivo urbano de Rio Preto desde novembro, disseram que “aguardam autorização do poder público para colocar os micro-ônibus em circulação” na cidade. “Os micro-ônibus estão nas garagens aguardando autorização”, disseram as empresas por meio de assessoria de imprensa.
As empresas disseram que o motivo para retirada dos miniônibus das ruas dias depois do início do novo sistema de transporte deveria ser verificado na Secretária de Trânsito e Transportes de Rio Preto. As empresas informaram também que não há falta de motoristas. São 496 no total. Santa Luzia e Itamarati afirmaram ainda que seguem as regras estabelecidas no edital de concessão do transporte coletivo público.
Valdomiro gasta R$ 360 mil com mais uma consultoria
Quase cinco meses depois de implantar o novo sistema de transporte coletivo em Rio Preto, o prefeito Valdomiro Lopes (PSB) contratou uma empresa por R$ 360 mil para prestar assessoria à Secretaria de Trânsito e Transportes.
“A Logitrans foi selecionada, através de licitação, e está realizando estudos para mudanças no sistema de transporte coletivo para apontar as necessidades de ajustes para que sejam implantadas mudanças. Não há nenhuma novidade por enquanto”, afirmou a prefeitura no final da tarde de quinta-feira, por meio de nota da Secretaria de Comunicação. O motivo pelo qual os micro-ônibus foram retirados de circulação e se haverá penalidades às empresas pela falta de frota não foram respondidos pela assessoria do prefeito. A LogiTrans está em Rio Preto desde o inicio da semana.
Fonte da Matéria: http://www.diariosp.com.br/
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