terça-feira, 8 de maio de 2012

Empresa de transporte coletivo que vencer concessão terá que investir mais de 1 bilhão na Capital

A população de Campo Grande teve a oportunidade de conhecer, nesta segunda-feira (7), os detalhes legais e burocrático do processo licitatório do serviço de transporte coletivo, através de uma audiência pública realizada no auditório da Escola Municipal de Governo (Egov/CG).
A grande intenção foi apresentar o edital de concorrência aberto a empresas interessadas em conseguir a concessão deste serviço. A concessão será por um período de 20 anos, sendo prorrogável por até mais 10 anos.
De acordo com assessoria de imprensa da prefeitura, a empresa que vencer a licitação e assumir a operação do transporte coletivo terá de investir R$ 553 milhões no sistema, ao longo dos 20 anos de concessão. Já ao término do primeiro ano, a concessionária terá de disponibilizar frota semelhante à atual, composta de 527 veículos, e comprar mais 73 ônibus 0km.
De acordo com o diretor-presidente da Agetran, Rudel Trindade Júnior, desde que Campo Grande ficou entre as nove cidades selecionadas para receber os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) vem sendo realizadas várias reuniões de trabalho com intuito de fortalecer a vinda dos recursos federais. “Na semana passada, recebemos a informação do prefeito Nelson Trad Filho de que a Caixa Econômica já recebeu uma parte do depósito e que falta apenas apresentarmos os projetos para apreciação na instituição”, comentou.
Rudel ressaltou que o transporte coletivo de Campo Grande obteve um marco específico em 1991, com a construção do primeiro terminal urbano. De lá para cá, houve um grande crescimento, porém ainda apresenta deficiências, que esperamos diminuir com a execução dos projetos de mobilidade urbana. “Atualmente, temos oito terminais urbanos e já temos projetos para construção de três novos, além da reforma do Terminal Morenão, construção de 160 km de corredores para ônibus, viadutos, investimentos em semaforização, construção de novos abrigos de ônibus, entre outros investimentos”, pontuou.
A Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg) e Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) acreditam que o investimento da empresa pode chegar a R$ 1,3 bilhão, durante os 20 anos de contrato.
Além da ampliação imediata da frota, a futura concessionária terá de investir R$ 20 milhões em tecnologia que permitirá a elaboração da matriz de origem e destino; a implantação de uma central de controle operacional e a elaboração do coeficiente de integração física dos usuários.
A matriz vai permitir que o município tenha informações atualizadas sobre a demanda de usuários em cada itinerário. Outro investimento que a empresa terá que fazer, será em novas tecnologias que ajudam no controle da qualidade de serviço e a elaboração do coeficiente de integração física.
Assim facilita a prefeitura no controle de quantos usuários usaram o sistema de integração, quantos pagaram a tarifa e desembarcam antes do ônibus chegar ao terminal.
Fonte: Melice Sguissardi - Capital News (www.capitalnews.com.br)

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