Credores devem comparecer ao Centreventos Cau Hansen em 25 de setembro
Todos os credores que assinaram a lista de presença na primeira assembleia devem comparecer
Foto: Diorgenes Pandini / Agência RBS
Maellen Muniz
Uma semana após a segunda suspensão da assembleia de credores da Busscar, o futuro da empresa tem uma nova data para ser definido. Em 25 de setembro, todas as pessoas que assinaram a lista de presença no primeiro encontro, em 22 de maio, estão convocadas para comparecer ao Centreventos Cau Hansen pela terceira vez pelo mesmo motivo.
A expectativa é de que o plano de recuperação judicial da fabricante de carrocerias seja, finalmente, votado pelos credores. A nova data foi marcada pelo juiz responsável pelo caso, Gustavo Marcos de Farias, da 5ª Vara Cível.
O adiamento da votação da semana passada foi concedido para que a Busscar tivesse mais tempo para negociar suas dívidas com três credores da classe de garantia real: Santander, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que somam passivo de R$ 193 milhões. Como o peso do voto é diretamente proporcional ao tamanho da dívida cada instituição financeira, o resultado da votação poderia levar a Busscar à falência.
— O contato com estas instituições já foi feito e encaminhamos a documentação complementar solicitada. Devemos ter reuniões ainda nesta semana —, explica o advogado do processo de recuperação judicial, Euclides Ribeiro S. Junior.
A estimativa é de que todos os pontos de negociação estejam resolvidos em dois encontros.
— Estamos com boas expectativas. O restante da dívida já está negociado. Inclusive a vitória do acordo com os ex-sócios —, afirma Euclides, ao falar sobre a negociação dos créditos dos maiores credores da fabricante de carrocerias, tios do presidente Cláudio Nielson, Randolfo Raiter e Valdir Nielson, que garantiram o voto favorável ao plano de recuperação judicial pela classe dos quirografários.
Em relação aos trabalhadores, a votação será individual. Enquanto a Busscar afirma ter a maioria dos votos para a aprovação, o Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região (Sindmecânicos) garante que reprovará o documento se novas alterações não forem propostas.
— Ainda falta a garantia de alguns direitos trabalhistas —, argumenta Evangelista dos Santos, presidente da entidade.
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