Mirando um alvo, as empresas de ônibus também acertaram outro.
Após 14 mil câmeras instaladas, houve queda de 60% no número de reclamações feitas pelos passageiros.
Em Belo Horizonte, uma solução simples fez efeito. São 14 mil câmeras que vigiam motoristas, cobradores e passageiros dos ônibus.
As imagens mostram o homem pegando dinheiro enquanto o outro aponta a arma. Em outro caso, mesmo sem reagir, o motorista é baleado e morre na hora.
Os crimes foram registrados pelas câmeras de segurança instaladas para aumentar a segurança no transporte. Segundo o Sindicato das Empresas de Ônibus, o número de ocorrências caiu, este ano, quando os equipamentos começaram a funcionar.
“De 90 a 95% de queda nos assaltos dentro do ônibus”, afirma Valéria Reis Couto, diretora Sindicato das Empresas de Transporte RMBH.
Mirando um alvo, as empresas de ônibus também acertaram outro. As 14 mil câmeras, além de combater o crescente número de assaltos nas linhas, ajudaram a melhorar a qualidade do serviço. Houve queda de 60% no número de reclamações feitas pelos passageiros. É que, agora, os monitores ficam de olho também no comportamento dos motoristas e cobradores.
Um registrou o momento em que uma mulher agride a funcionária da linha. São quatro câmeras em cada carro que registram tudo que se passa pelo caminho. Se o passageiro é ignorado no ponto, se o sinal de trânsito é respeitado, de quem é a culpa em caso de colisão. Imagens mostram o momento em que um carro preto avança um cruzamento e se choca contra o ônibus.
“A preferência era do ônibus, e o veículo avançou o cruzamento. Sem a câmera, não tinha dado nenhum. Era a palavra de um contra o outro”, afirma sidnei de Oliveira Carvalho, gerente operacional.
O trajeto, muitas vezes longo e desconfortável, está pelo menos mais seguro.
Fonte: http://g1.globo.com/
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