terça-feira, 11 de setembro de 2012

Retorno da Sul Fluminense à Amparo completa nove meses

Ano passado, cerca de 100 moradores se concentraram na entrada do distrito para protesto
BARRA MANSA
Na próxima quarta-feira, completa nove meses que os ônibus da Viação Sul Fluminense retomaram a circulação no distrito de Amparo, em Barra Mansa. Após esse período de operação, os moradores se declaram satisfeitos com a prestação do serviço. A informação é da moradora do bairro há mais de 30 anos e presidente da associação de moradores, Maria Lúcia Moura da Fonseca. A moradora está afastada do cargo por conta da campanha política para vereadora.
De acordo com Maria Lúcia, a volta do transporte público prestado pela Sul Fluminense foi a maior conquista da comunidade. “Esse serviço mudou a cara do distrito. A população está satisfeita. Hoje, se procurar uma casa vazia em Amparo, não tem. Dá para viver em Amparo e trabalhar em Barra Mansa e Volta Redonda”, afirmou.
Apesar de pertencer à Barra Mansa, a moradora destaca a relação dos moradores do distrito com a Cidade do Aço. “Tem muita gente que trabalha na CSN, que trabalha no comércio de Volta Redonda. Por isso, essa era uma prioridade. Nós tivemos que batalhar para legalizar a linha”, contou.
Maria Lúcia ressaltou ainda o fato da luta travada para a volta dos ônibus ter sido protagonizada pelos moradores, sem qualquer apoio político. Ela contou também que um dos fatores complicadores do caso foi a retirada do transporte público da empresa após um ano de funcionamento. “Muitas pessoas já tinham conseguido emprego em Volta Redonda e dependiam dos ônibus. Os 30 dias em que ficamos sem os ônibus foram de grandes transtornos”, disse a moradora.
Moradores manifestaram contra mudança no transporte público
Os meses de novembro e dezembro do ano passado foram marcados por manifestações no distrito. A indignação da comunidade tinha como alvo a decisão da 3ª Vara Cível da comarca de Volta Redonda de suspender o atendimento da Viação Sul Fluminense no local. O pedido de investigação no Ministério Público teria sido realizado pela empresa Vab Transportes, que detinha a permissão para circular na área, por meio de uma concessão de linha interestadual - no caso, Rio de Janeiro/Minas Gerais.
Os moradores argumentaram que a empresa detentora da permissão não tinha estrutura adequada para transportar a população para Volta Redonda e Barra Mansa e não oferecia gratuidade para idosos e pessoas com deficiência, além de não possuir sistema de pagamento de passagem eletrônico.
Com faixas e cartazes, cerca de 100 moradores se concentraram na entrada do distrito, durante o protesto, os manifestantes atearam fogo em pneus e fecharam meia pista da RJ-153. Um ônibus da VAB com passageiros também foi impedido de passar. Outra queixa dos moradores era de que os horários da empresa eram muito irregulares e o estado dos veículos era precário, já que constantemente apresentavam defeitos. À época, representantes da Vab afirmavam que as denúncias não procediam.
No dia 13 de dezembro, a liminar que impedia a circulação dos ônibus da Viação Sul Fluminense foi revogada.

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