Desde o início de sua preparação para a Copa do Mundo, Belo Horizonte buscou o protagonismo e apostou em uma organização capitaneada por profissionais do mercado ao invés de entregá-la a apadrinhados políticos. A estratégia funcionou e a 220 dias para o início da Copa das Confederações as obras de infraestrutura estão no prazo.
Aos 38 anos, a administradora de empresas com especialização em finanças e gestão empresarial Flávia Rohlfs, deixou a Vale, segunda mineradora do mundo, para coordenar o Comitê Executivo Municipal das Copas. De 2009 a outubro de 2011, ela estava sob as ordens do presidente do Comitê das Copas, Tiago Lacerda, filho do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda. Hoje, responde ao a quem assumiu a presidência após o filho se afastar, devido a acusação de nepotismo.
– Não tem ninguém, aqui, filiado a partido e um dos legados que vamos deixar para a prefeitura é a eficiência de gestão – disse Flávia, que comanda 15 pessoas.
O desconhecimento foi um obstáculo no início. Flávia recordou que recorreu aos relatórios enviados por cidades alemãs e sul-africanas, sedes das duas últimas Copas. Em seguida, montou um mapa estratégico, que tem norteado a preparação mineira.
Belo Horizonte terá oito obras de mobilidade por concluir até a Copa do Mundo, as principais são os corredores de ônibus expresso (BRTs). Mas para a Copa das Confederações só as faixas exclusivas das pistas serão usadas por ônibus comuns.
– Os BRTs ficam prontos após a Copa das Confederações, no segundo semestre de 2013. São projetos que vão mudar toda a lógica de mobilidade, principalmente, do Centro da capital. São 130 linhas de ônibus que deixarão de circular nela – assegurou Flávia.Outra aposta de Belo Horizonte é a construção do Centro de Controle e Comando, que monitorará toda a cidade e será inaugurado antes junho de 2013.
Assessoria para limpar a imagem
Uma das preocupações de Belo Horizonte foi a de desvincular a cidade das notícias negativas sobre a realização da Copa do Mundo no Brasil. Por isso, a capital mineira contratou uma assessoria internacional para trabalhar a sua imagem.
– Pedimos para seguirem uma linha do tipo: tudo bem, vocês estão falando de algumas cidades, mas em Belo Horizonte está tudo em dia. Os assessores são instruídos a não falar mal das outras cidades e nem fazer comparação com a gente – explicou a coordenadora do Comitê Executivo Municipal das Copas, Flávia Rohlfs.
O trabalho internacional surtiu efeito e, aos poucos, Belo Horizonte tem colecionado boas matérias nos principais veículos estrangeiros. A assessoria também se preocupa em mostrar os projetos elaborados para a Copa.
Um exemplo é o certificado de sustentabilidade para empresas, hotéis, condomínios, bares e restaurantes. Para receber o selo sustentável é necessário preencher três requisitos principais: destinação correta de resíduos sólidos, diminuição de consumo e captação inteligente de energia e redução no gasto de água.
Em contrapartida, o município oferece todo o suporte para a qualificação.
Fonte: esportes.opovo.com.br/
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