Iniciativa da administração municipal da capital causa prejuízos aos usuários do sistema de transporte.Por: JornaldaCidade.Net
A prefeitura de Aracaju tirou das ruas 50 ônibus novos, das empresas Viação Cidade de Aracaju (VCA) e São Cristóvão Transporte Ltda, colocando no lugar deles vários veículos velhos. A denúncia foi feita na tarde de ontem, na Câmara Municipal de Aracaju, pelo vereador Adriano Taxista (PSDB). Ele realizou um levantamento e descobriu que ônibus dos anos de 2009, 2010 e 2011 foram substituídos por outros que estavam fora de circulação, na chamada frota reserva das empresas. No primeiro dia, cinco veículos da empresa Modelo quebraram nas ruas, segundo o parlamentar.
Na semana passada, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) anunciou que os 50 ônibus seriam retirados de circulação, porque estariam em péssimas condições – pneus carecas e bancos quebrados, entre outros problemas. Para ocupar o lugar deles as empresas Tropical Progresso e Modelo Halley disponibilizaram outros veículos – esses que segundo o vereador, são mais velhos que os anteriores.
Adriano informou que foi ontem à sede da empresa VCA e encontrou treze ônibus novos parados no pátio. Ele apresentou fotos dos carros na garagem e quebrados nas ruas, e ressaltou que se os ônibus da Tropical Progresso e Modelo Halley fossem bons, não estariam parados na garagem, na reserva. Ele também reclamou de outros problemas que teriam sido gerados, como na linha 01, por exemplo, onde existiam 16 veículos – que foram substituídos por apenas 14.
Desemprego
Na tarde de ontem, trabalhadores dos ônibus que foram substituídos se reuniram em frente à Câmara Municipal de Aracaju, interditando o trecho da rua Itabaiana. Eles reivindicavam que todos os profissionais que trabalhavam nas linhas que tiveram ônibus retirados, migrassem para as empresas que assumiram os trechos – mas as empresas, segundo os manifestantes, já falam em abrir processo de seleção.
“Cerca de 220 pais de famílias podem ficar desempregados. Esses profissionais já possuem problemas de coluna, de audição, e dificilmente voltarão a trabalhar, por isso queremos que eles migrem para as outras empresas”, disse o vereador Adriano, insistindo ainda que essas empresas não possuem veículos reservas em condições de “tapar buracos”, substituindo os que foram tirados de circulação.
O sindicato dos trabalhadores, o Sintra, também avalia que caso a VCA não volte a operar as linhas, há risco de demissões. Eles questionam que foram retirados ônibus de algumas das linhas mais movimentadas e lucrativas, sendo que outras empresas foram indicadas pela SMTT, sem que nenhum critério fosse explicitado.
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