Direção do SET anuncia pré-falência durante rodada de negociação com o Sindicato dos Motoristas do Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA).
O Sindicato de Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) admitiu colapso financeiro-operacional das empresas que operam o sistema de transporte coletivo na capital.
Representantes do Sindicato dos Motoristas do Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão e Set iniciam rodada de negociação
A situação financeira-operacional do SET foi apresentada durante a primeira rodada de negociações com o Sindicato dos Motoristas do Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA), ontem, na sede do SET no bairro do Apicum.
As reivindicações dos motoristas, fiscais e cobradores que trabalham no sistema de transporte coletivo incluem: um reajuste salarial da ordem de 15% e aumento de 23% no valor do ticket alimentação, que passaria dos atuais R$ 365 para R$ 450. Além disso, os rodoviários buscam também a inclusão de dois dependentes nos planos de saúde e odontológico.
Segundo o vice-presidente do SET, Gilson Caldas Neto, as solicitações da categoria não estão condizentes com a atual realidade do setor e ressalta ainda que o momento é de total colapso financeiro - operacional entre as empresas que operam o sistema de transporte da capital, devido a sucessivos prejuízos acumulados ao longo dos últimos nove anos.
“Operamos hoje com a tarifa média mais barata de todo o país, e enquanto diversas cidades já concederam reajustes recentes no preço da tarifa, tivemos apenas um realinhamento financeiro em fevereiro de 2010, nos últimos nove anos. Temos arcado com todos os reajustes salariais da categoria dos últimos anos, sem a contrapartida do equilíbrio econômico-financeiro do sistema, que é de responsabilidade do município de São Luis. Além disso, o sistema de transporte coletivo de São Luis possui um dos maiores índices de fraudes na utilização de gratuidades do Brasil, e, para agravar a situação, houve no início de 2013, o aumento de 9% do salário mínimo, dois aumentos sucessivos do diesel e a proliferação do transporte pirata na cidade”, enfatizou o vice-presidente do SET.
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