Para transporte público operar com segurança, norma exige um ônibus em espera para cada 10 circulando
ADRIANA CHAVES/especial para o diário
A falta de uma reserva ideal de veículos agrava os impactos de atos de vandalismo e violência contra ônibus do transporte coletivo da capital, como os ocorridos na noite do último sábado, quando um veículo foi incendiado e outros quatro foram depredados no Jardim Nazaré (Zona Leste). Segundo o Sindicato dos Motoristas, a maioria das empresas não conta com os 10% de reserva técnica da frota. As empresas não confirmam este número.
Segundo o sindicato, as empresas já trabalham, em geral, com apenas 5% de folga na frota. Se o ônibus quebra ou acontece um incidente como o de sábado, pode haver prejuízo para a população porque mesmo uma frota nova, como a de São Paulo, apresenta problemas e precisa de manutenção.
A SPTrans informou que o Paese (Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência) não costuma ser acionado em casos de ônibus queimados. O sistema é colocado nas ruas, prioritariamente, quando há greve de motoristas ou interrupção do serviço onde não existem linhas alternativas.
O SP Urbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) ressaltou que ônibus queimados e depredados são substituídos pelos “reservas”. “Só existe problema se houver um número significativo de ataques a mesma empresa”. De abril de 2012 a março de 2013, 758 ônibus foram incendiados e/ou destruídos em São Paulo, segundo o sindicato das empresas. Já a SPTrans informou que foram 14 ônibus incendiados neste ano. Em 2012, 53.
Perdas/ Os ônibus envolvidos na ocorrência de sábado eram da VIP (Viação Itaim Paulista). “Tivemos perda total no ônibus incendiado e os outros quatro apedrejados precisarão de conserto. Só neste ano já tivemos quatro veículos incendiados. Em 2012, sete. O que revolta é ninguém ser preso”, disse o gerente de operações, Lael de Oliveira. Ele explicou que a Vip tem ônibus de R$ 400 mil a R$ 1 milhão, no caso de articulados, e uma frota de 1,1 mil — mais de cem na reserva técnica.
Segundo o sindicato dos motoristas, esse tipo de acidente pode aumentar o tempo de espera nos pontos em duas horas porque é preciso reprogramar as saídas e fazer desvios.
Fonte: http://www.diariosp.com.br/
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