Usuários diários estão na expectativa da redução na tarifa do transporte coletivo urbano.
Uma família compromete mensalmente 15% do seu orçamento com o transporte
Usuários diários estão na expectativa da redução na tarifa do transporte coletivo urbano. Uma família compromete mensalmente 15% do seu orçamento com o transporte – acesso ao trabalho, à escola, à saúde e ao lazer. Ao longo do mês ou ano, tais cifras somam recursos significativos, especialmente quando se depende de um salário que nem sempre acompanha a evolução desses custos. De acordo com o técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA, Carlos Henrique de Carvalho, o gasto com transporte privado em cidades do interior do país chega a ser nove vezes maior, indicando grande dependência do transporte público entre famílias de menor renda.
A elevação de renda, do salário mínimo e a expansão de crédito têm causado mudanças na Mobilidade Urbana vistas no aumento de veículos em circulação. Há uma crescente migração do usuário do transporte público para o transporte privado. Isto torna o trânsito caótico, circular de carro próprio no centro e em muitos bairros se associa a congestionamento, poluição, ausência de vagas e alto preço de estacionamento. Outra geradora de fluxo do transporte público para o privado individual foi o aumento nas tarifas do transporte público coletivo acima da inflação nos últimos dez anos – preço de veículos, preço da gasolina, preço dos insumos do transporte individual aumentaram menos do que a inflação, levando a um barateamento no transporte individual. Na tarifa de transporte público ocorreu o inverso, um reajuste maior que a inflação.
Sendo o transporte coletivo urbano uma questão de política pública, o governador Beto Richa (PSDB) estendeu da Capital para outras regiões do Estado um subsídio, aspecto que influenciará no novo preço da tarifa. Em Ponta Grossa, conforme determinação oficializada pelo prefeito Marcelo Rangel, os usuários que empregam bilhete eletrônico (cartões recarregáveis) serão contemplados com este benefício. O secretário de Planejamento, João Ney Marçal Júnior, espera uma migração para a bilhetagem eletrônica, mais segura por reduzir o volume de dinheiro circulante nos ônibus, e que permite controle eficiente sobre o funcionamento do Sistema Integrado e gerenciamento de linhas. A redução na tarifa de transporte público em R$ 0,10, aguarda a regulamentação da Lei Estadual que desonera o ICMS do óleo diesel – tornando o combustível mais barato.
O transporte coletivo passa a ser um grande desafio ao ser vetor de desenvolvimento econômico, social e urbano. Exige vigilância da população através do Conselho Municipal de Transportes e zelo das autoridades – Prefeito, Secretários e vereadores – responsáveis por políticas públicas, pela regulação e fiscalização dos serviços públicos e órgãos de controle. A população precisa compreender que mesmo oferecido por empresa privada – monopólio da Viação Campos Gerais – o Transporte Coletivo é um Serviço Público Municipal, a quem cabe firmeza nos implementos - uma reformulação na gestão onde se evite a evasão de receitas e se dissocie a remuneração (custo) da concessionária VCG do preço que ela estabelece. Sugere-se a Tarifa Técnica – Remuneração por passageiro transportado onde a concessionária irá comprovar a sua proposta tarifa usuário – transporte de qualidade, infraestrutura moderna e integração entre terminais, modicidade de tarifas e preços para estudantes, cidadãos da terceira idade e portadores de necessidades especiais. Só assim o cidadão poderá alterar a sua rotina e se valer do transporte público de forma segura, pontual e tarifário justo.
Fonte: http://www.jmnews.com.br/
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