No entanto, custam o dobro, e a rede elétrica precisa de manutenção.Prefeitura de São Paulo tem atualmente 192 trólebus.
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Os trólebus são raros nas ruas de São Paulo. Sem escapamento, sem embreagem, sem motor barulhento. São características de uma espécie quase em extinção. A Prefeitura de São Paulo tem hoje 192 trólebus em uma frota de 15 mil veículos.
Da cabine do motorista para trás o trólebus é muito parecido com um ônibus comum, mas para o passageiro ele é mais confortável, não faz tanto barulho, não tem o calor que vem do motor e também dá menos tranco porque não tem troca de marcha.
Os passageiros dizem que preferem o elétrico, mesmo com alguns problemas, como a falta de energia ou demora entre veículos. Os pontos a favor são a maior duração da frota e os veículos mais silenciosos e que não poluem o ar. Quanto aos pontos negativos, eles custam o dobro de um ônibus a diesel, e a rede elétrica é cara e precisa de manutenção.
Para Ivan Metran Whately, diretor do Instituto de Engenharia, o trólebus vale a pena. “Já que estamos numa fase em que vamos implantar uma rede de mais 150 km de corredores, eu sugiro que seja adotada uma tecnologia tipo trólebus para que a gente tenha uma energia limpa, não tenha ruído, emissões de gases, enfim, ter um transporte condizente com a qualidade de vida que o paulistano quer ter”, diz.
O consultor do SPTV, Sérgio Ejzenberg, tem uma opinião diferente. “O sistema de trólebus é um sistema muito amarrado, muito engessado à linha aérea e nós vivemos uma realidade em SP e no Brasil em geral das cidades muito vivas, que se recriam, se desenvolvem rapidamente. Aí uma linha engessada deixa de atender a uma demanda.”
Por enquanto, a balança parece não pender para nenhum dos lados. Não há planos de ampliar, nem de acabar com os trólebus. Por mais um tempo, eles ainda vão circular por aí.
Fonte: G1 São Paulo
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