Previsto para abril, Move metropolitano terá terminais e estações em várias cidades, mas ainda tem desafio de fazer adequações, como recapeamento e alargamento, em 48 vias
Publicação: 05/03/2014 00:12 Atualização: 05/03/2014 07:42
Ônibus do tipo padron (para 100 passageiros) já começaram a ser entregues. Primeiras cidades contempladas são Neves, Vespasiano e Santa Luzia |
Parte do programa que prevê a construção de 10 novos terminais de ônibus na Grande BH e a reforma de três já existentes, o Move metropolitano, em operação a partir de abril nos terminais Vilarinho e São Gabriel, será reforçado por novas estações fechadas com embarque em nível ao longo do trajeto. Mas, para engrenar, o projeto exigirá adequações em quase 50 vias, além dos corredores Cristiano Machado e Antônio Carlos/Pedro I, na Região Norte de Belo Horizonte.
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Com três dos seis terminais previstos em obras (Vilarinho, São Gabriel e Morro Alto), além de duas estações provisórias sendo erguidas nos bairros São Benedito (Santa Luzia) e Justinópolis (Ribeirão das Neves), o projeto promete reduzir em 90% o número de linhas no hipercentro de Belo Horizonte – o que representa cerca de 500 ônibus vermelhos a menos no sistema que vai complementar o transporte rápido por ônibus (BRT) da BHTrans. Para isso, contará com 13 novas estações de transferência instaladas na MG-010 e em avenidas de ligação com os destinos das 19 novas linhas troncais de Vespasiano, Santa Luzia e Ribeirão das Neves.
O projeto das estações de transferência, cujo edital está em fase de elaboração, inclui a readequação do trajeto dos coletivos em pelo menos 14 quilômetros de 48 ruas e avenidas . As melhorias nas vias, cujo início das obras aguarda a abertura de licitação, são necessárias para possibilitar o tráfego dos 115 novos ônibus articulados (para até 114 passageiros e com mais de 18 metros). As adequações nas pistas incluem recapeamento, alargamento e abertura de passagens para os veículos.
Planejamento da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) ao qual o Estado de Minas teve acesso mostra que as novas estações de transferência metropolitanas tiveram como fonte de inspiração as estações-tubo usadas desde 1991 nos corredores de Curitiba. O modelo, que substituirá os atuais pontos nas cidades que terão o BRT, é composto por uma estrutura de vidro com cobertura de metal.
A exemplo do Move gerenciado pela BHTrans, o acesso à estação ocorrerá por meio de rampas, com pagamento antecipado da tarifa e embarque no mesmo nível dos coletivos. “A ideia é oferecer o mesmo nível de conforto das plataformas dos terminais do BRT”, afirma o secretário-adjunto da Setop, Fabrício Sampaio.
Com os primeiros do total de 289 ônibus do Move metropolitano entregues aos consórcios Linha Verde e Estrada Real, a Setop já planeja para os próximos dias o início dos testes com a frota, que só poderá ser avaliada na Cristiano Machado até 8 de março, quando começa a operação definitiva do Move municipal. “Depois, iniciaremos os testes na Antônio Carlos”, acrescenta.
Estações reaproveitáveis Três dos seis terminais previstos para o BRT da Grande BH – São Benedito, Justinópolis e Bernardo Monteiro – entrarão em funcionamento adaptados. Com entrega prevista para maio, as estruturas funcionarão como estações provisórias (móveis e desmontáveis) devido a problemas de localização e processos de desapropriação. A entrega dos terminais definitivos só ocorrerá em maio de 2015.
Desenhos das estações provisórias, cujo projeto técnico foi cedido pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram), revelam que os pontos serão compostos basicamente por catracas de acesso, grades e cobertura, com embarque em nível.
A principal vantagem, aponta a Setop, está no fato de as estruturas (orçadas em R$ 980 mil cada) poderem ser reaproveitadas em outros pontos da região metropolitana assim que os terminais definitivos forem entregues.
Fonte: http://www.em.com.br/
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