Do UOL Notícias
Em São Paulo
Começa a partir de 0h desta quinta-feira (9) a cobrança do pedágio da praça de Mairiporã (SP), na rodovia Fernão Dias (BR-281), com tarifa básica de R$ 1,10, o mesmo valor cobrado nas outras sete praças espalhadas pela via, que liga São Paulo a Belo Horizonte.
Apesar da instalação de mais um pedágio, a Fernão Dias permanece parcialmente interditada no km 77,5, em Guarulhos (SP), sentido BH, desde 26 de fevereiro deste ano, quando um deslizamento de terra atingiu a pista e comprometeu o viaduto que sustenta o trecho.
Na época, a Autopista Fernão Dias, concessionária que pertence ao grupo OHL e administra a rodovia, prometeu concluir as obras de recuperação em até seis meses, o que não ocorreu. Segundo a concessionária, o atraso se deve à complexidade da obra, e a liberação da via só deverá ocorrer em novembro deste ano.
Para tentar reduzir os congestionamentos, a Autopista Fernão Dias implantou um desvio na pista oposta entre o km 66 e o km 69. Contudo, segundo a companhia Gontijo, que realiza o transporte rodoviário de passageiros entre São Paulo e Belo Horizonte, a interdição atrasa as viagens e causa transtornos aos motoristas que trafegam na rodovia.
Apesar do problema no km 77, os motoristas da Gontijo reconhecem que, desde que a rodovia passou a ser pedagiada, houve melhorias na sinalização, qualidade do asfalto e segurança e afirmam que guinchos passaram a socorrer os caminhões com problemas.
Novo pedágio
O novo pedágio está instalado no km 65,7 para quem segue no sentido de BH no km 66,6 para quem segue à capital paulista. Cada praça de pedágio terá 18 cabines.
Veja os preços das tarifas nos pedágios paulistas
A tarifa cobrada é calculada de acordo com o contrato de concessão assinado com o Governo Federal em 14 de fevereiro de 2008, que estipula que o valor oferecido no leilão seja corrigido pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho de 2007 ao mês anterior do início da cobrança na rodovia.
Com a nova praça de pedágio, o motorista gastará R$ 7,70 para ir da capital paulista a Belo Horizonte --considerando somente o trajeto de ida. Todos os postos de pedágio foram instalados na rodovia a partir 2008, ano em que a Fernão Dias passou a ser administrada pela concessionária. Os outros pedágios estão em Vargem (SP), Cambuí, São Gonçalo do Sapucaí, Carmo de Cachoeira, Santo Antônio do Amparo, Carmópolis de Minas e Rio Manso (todos em MG).
Pedágios em SP
Diferentemente do que acontece no restante do país, a maioria das principais rodovias que cortam São Paulo não são federais, e sim estaduais. O Estado possui 35 mil km de estradas pavimentadas --22 mil km estaduais, 1.050 km federais e 12 mil km de estradas vicinais. Do total de vias sob a responsabilidade do Estado (34 mil km), 5,6 mil km (16%) são administradas por concessionárias.
A estratégia do governo do Estado para manter as pistas em boas condições é multiplicar os pedágios: desde que foi iniciado, em 1998, o Programa de Concessões Rodoviárias do Estado criou 130 novas praças de pedágio em rodovias paulistas. O Estado já tem mais pedágios do que todo o resto do Brasil. São mais de 160 pontos de cobrança no Estado, ante 113 no restante do país, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias.
A exemplo da administração estadual, o governo federal também privatizou as principais rodovias federais em SP. Em 2008, além da Fernão Dias, a Régis Bittencourt (BR-101) passou a ser administrada por uma concessionária (a Autopista Régis Bittencourt, também do grupo OHL). De lá para cá, foram instalados, em território paulista, quatro pedágios na Régis e dois na Fernão Dias --incluindo que o começa a funcionar nessa quinta-feira.
No entanto, a tarifa do pedágio nas rodovias federais é bem menor do que nas estradas estaduais. Enquanto nos pedágios federais a tarifa cobrada é de R$ 1,10, na rodovia dos Imigrantes, por exemplo, custa R$ 18,50 e na Washington Luís e Engenheiro Paulo Nilo Romano, R$ 10 e R$ 12, respectivamente.
O último apontou que das 16 rodovias do país avaliadas como “Ótimas”, 15 estão em São Paulo. No topo do ranking estão o corredor Ayrton Senna-Carvalho Pinto --concedido em junho do ano passado para a Ecopistas--, seguido pela rodovia dos Bandeirantes (sob concessão da Autoban) e pelo Sistema Anchieta-Imigrantes (administrado pela Ecovias).
Em contrapartida, as rodovias estaduais de São Paulo possuem qualidade superior às federais: no último relatório da CNT sobre as estradas brasileiros, das 16 rodovias consideradas “ótimas”, 15 estão em SP e são fiscalizadas pelo governo do Estado. Já a rodovia Fernão Dias é considerada “boa” pela CNT.
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