As Empresas de transportes de passageiros por fretamento das regiões  metropolitanas de São Paulo, Baixada Santista e Campinas terão novo  cronograma para a substituição dos ônibus com mais de 15 anos de  fabricação. Com a resolução da STM - Secretaria de Transportes  Metropolitanos as transportadoras ganham mais tempo para renovar a  frota.
A STM - Secretaria de Transportes Metropolitanos na Resolução n°39  alterou o cronograma para a substituição de veículos com mais de 15 anos  de fabricação. Com a medida, as transportadoras ganham um melhor  escalonamento para renovação da frota. A decisão partiu graças à  solicitação FRESP - Federação das Empresas de Transportes de Passageiros  por Fretamento do Estado de São Paulo em conjunto com os sindicatos de  Campinas (SINFRECAR), São Paulo (TRANSFRETUR), Baixada Santista  (SINFRESAN) e do ABC Paulista (SINFRET). “O adiamento vai possibilitar  as empresas de fretamento tempo mais adequado para a troca dos veículos.  A decisão atenderá, a princípio, as necessidades do setor”, diz Regina  Rocha, diretora executiva da entidade.
Segundo a determinação da STM, a substituição da frota ocorrerá da  seguinte forma: os veículos fabricados até 1991 o prazo para troca será  até 31/12/2011; já no período de 1992 a 1994 a substituição deverá ser  até 31/12/2012; e entre 1995 a 1997 o limite para mudança é até  18/06/2013; “A decisão da Secretaria foi, sem dúvida, essencial para que  pudéssemos evitar problemas diretos e indiretos que a aceleração na  troca traria as empresas e aos contratantes dos serviços”, expõe Regina. 
As alterações da Secretaria de Transportes Metropolitanos devem afetar  parte da frota de aproximadamente 15 mil veículos de fretamento no  Estado de São Paulo. Desses, 9 mil são ônibus e 6 mil de vans. A  estimativa da Federação é que até 2013, mais de 4 mil veículos atingirão  a idade limite. “Nada mais justo que ocorra a renovação dos ônibus, mas  é preciso tempo hábil para cumprir a legislação vigente. Isso leva  tempo e os fabricantes não estão preparados para atender a demanda de  uma hora para outra. Também o mercado não está preparado para absorver  os custos da nova sistemática da idade. Em muitos casos, a espera do  pedido de um veículo novo chega até quatro meses devido à falta de  componentes”, explica diretora executiva da FRESP. 
Segundo ela, outro problema relacionado à troca dos ônibus num prazo  curto, como determinava a Resolução anterior da STM, é que afetaria a  estrutura financeira das transportadoras. “Algumas das empresas vão  optar em diminuir a frota em vez de arcar com o aumento dos custos do  serviço. Com isso, quem acaba perdendo são os passageiros que vão sentir  a falta dos veículos para se deslocarem na sua região”, analisa.  “Agora, com tempo hábil para substituição da frota, a transição será  realizada sem pressa e o usuário será o maior beneficiado, recebendo um  transporte de mais qualidade”, completa. 
As regras anteriores solicitavam que 35% da frota superior a 15 anos  fossem renovada até julho de 2010. As outras 35% o prazo era até julho  de 2012 e o restante até julho de 2013. “O tempo para as alterações era  muito curto, o que inviabilizaria os custos do serviço das  transportadoras”, ressalta. “Como também os veículos, após o vencimento  do limite, vão literalmente para a lata do lixo, uma vez que não podem  ser reaproveitados”, acrescenta. 
Para Regina, uma das alternativas que poderia contribuir para a troca  dos ônibus é o auxílio do poder público. “Porque os nossos governantes  não desoneram o transporte como forma de incentivar as transportadoras a  renovarem a frota. Com a ajuda, as empresas não terão o perigo de  contrair dívidas de financiamento, além de assumir custos para evitar de  repassar ao cliente”, ressalta. 
A isenção fiscal de determinados tributos também pode contribuir para  que as operadoras de transporte rodoviário possam investir na  acessibilidade nos ônibus para pessoas portadoras de necessidades  especiais. O meio ambiente ganha, pois com ônibus novos há a diminuição  das emissões de dióxido de carbono (CO2). Além disso, a cidade será  beneficiada com a diminuição do trânsito devido ao incentivo da  mobilidade coletiva em detrimento da individual. 








0 comentários:
Postar um comentário