quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Empresários discutem alternativas de combustíveis para o transporte coletivo

Os empresários de ônibus de Curitiba e Região Metropolitana participaram na última semana de julho de um evento na cidade do Rio de Janeiro para discutir alternativas de combustíveis para o transporte coletivo. Maurício Gulin, vice-presidente do Setransp, e Donato Gulin, diretor da Viação Cidade Sorriso, representaram o setor do 1.º Seminário de Tecnologias Sustentáveis no Transporte, promovida pela Fetranspor (Federação do Transporte Público do Estado do Rio de Janeiro), com o apoio da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transporte Público).
Durante dois dias representantes das montadoras de chassis, de carrocerias, fornecedores de autopeças, fornecedores de insumos, empresas de combustível, além de empresas de tecnologia e de diretores do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) debateram com operadores do setor as alternativas para o transporte público. Empresas apresentaram alternativas como os ônibus híbridos (motor diesel e elétrico), ônibus a gás, veículos movidos a etanol e a óleo diesel de cana-de-açúcar. “Foi uma grande oportunidade para debatermos o modelo de combustível para o transporte coletivo, não apenas do ponto de vista ambiental, para respeitando uma equação de custo e performance”, salientou Maurício Gulin, vice-presidente do Setransp.
Os diretores do BNDES foram convidados para o evento por conta de uma linha de financiamento do banco para o setor. O governo federal quer privilegiar ônibus que tenham uma matriz energética menos poluente, para isso pretende reduzir um pouco as taxas de juros e ampliar o prazo de financiamento. “Não é uma solução simples. Muitas vezes as tecnologias hoje disponíveis encarecem muito o custo de operação, encarecendo o custo existe um impacto imediato no valor da tarifa, e é isso exatamente que os empresários não querem. Hoje estamos buscando alternativas, incentivos fiscais e outras ferramentas para diminuir o impacto dos custos, as tecnologias devem auxiliar o sistema e não encarecê-lo”, salientou o presidente da Fetranspor, Lelis Teixeira.
Os empresários possuem muitas dúvidas quanto ao custo de manutenção dos veículos que estão utilizando combustíveis alternativos, além do fato de muitos destes veículos ainda serem protótipos, sem escala de produção. Durante a palestra de um fornecedor de autopeças houve um questionamento quanto ao valor, em reais, da manutenção do produto que ele estava representando, ele disse que não sabia, o que acabou causando espanto nos participantes.
Maurício Gulin, vice-presidente do Setransp, salientou o pioneirismo de Curitiba na apresentação de soluções ambientais para o transporte público. “Enquanto algumas cidades brasileiras estão se preparando para utilizar o diesel B20 (20% de biodiesel e 80% de diesel normal), em Curitiba temos mais de 70 veículos rodando com 100% do biodiesel (ônibus da Linha Verde), isso mostra o comprometimento dos empresários paranaenses com o meio-ambiente e com o usuário do sistema”.

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