ANTT promoveu audiência pública para colher opiniões sobre a licitação de linhas interestaduais de ônibus.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) promoveu ontem (1º) uma audiência pública para colher opiniões sobre a licitação de linhas interestaduais de ônibus. Por enquanto, empresas do setor divergem de algumas propostas da agência reguladora.
No modelo em debate, a ANTT exige frota de 6.152 ônibus para operar quase 2 mil linhas. Para a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), são necessários de 10 mil a 12 mil veículos para atender à demanda do país. De acordo com o presidente da Abrati, Renan Chieppe, a quantidade de veículos proposta pela agência “não assegura a capacidade de atender à demanda em qualquer temporada; quem transporta passageiros nos grandes picos é o ônibus”, referindo-se ao movimento em feriados como Natal, Ano Novo e carnaval.
A superintendente de Serviços de Transporte de Passageiros da ANTT, Sônia Haddad, disse que a frota foi calculada com base nos períodos do ano e nos trechos mais movimentados. “Não posso basear todo um modelo em um dia [como o Natal]. Os nossos ônibus foram estimados na semana com maior pico, no mês com maior pico e no trecho com maior pico”, argumentou.
Outra exigência que a ANTT pretende aprovar é a proibição de ônibus com mais de dez anos de uso. Atualmente, 40% da frota circulam há mais de uma década, segundo dados da agência.
Se a proposta de regulamentação for aprovada, a ANTT prevê uma redução de 11% no preço da passagem por causa de queda na tarifa cobrada por quilômetro rodado. A tarifa média atual é 12 centavos por quilômetro rodado. Pela proposta, pode cair para 9 centavos.
A agência prorrogou até 12 de outubro o prazo para receber críticas e sugestões à proposta. Serão promovidas também audiências públicas no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte.
Fonte: Agência Brasil
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