quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ministro: Brasil não quer soluções mágicas para transportes

             Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Passos abriu, em Brasília, oficina para discutir o tema Governança no Setor de Transportes
Especialistas de dez países, além do Brasil, participam a partir desta terça-feira, em Brasília, de uma oficina para discutir o tema Governança no Setor de Transportes. O evento reúne representantes do governo e da iniciativa privada. O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, abriu o encontro destacando que o Brasil está atento "aos consultores que podem querer situações mágicas" e que o País quer enfrentar os desafios na área com base nas experiências dos especialistas, aprendendo "com os erros e os acertos". No encontro, que termina na próxima quinta-feira, 13 palestrantes estrangeiros vão debater a experiência mundial na execução das melhores práticas de gestão do setor.
Passos ressaltou que o Brasil enfrentou "dificuldades econômicas em período relativamente recente de sua história, o que refletiu na queda de investimentos e na precarização da capacidade de infraestrutura". "Ao atingir a estabilidade econômica, abriram-se horizontes para a distribuição de renda", acrescentou. O quadro atual, de acordo com o ministro, leva à "preocupação de novas responsabilidades sobre a gestão pública, dentro das possibilidades orçamentárias". Segundo ele, o Brasil precisa "contar com a transferência de conhecimentos e executar gastos com qualidade, em parceria com o setor privado".
O diretor do Banco Mundial (Bird), Boris Utria, disse que a instituição colabora com o Brasil na área de transportes desde os anos 1950 e já aportou nesse período US$ 15 bilhões. Para ele, a mesa de trabalho organizada no seminário mostra a maturidade do Brasil e da comunidade internacional em torno da questão. "É muito importante para o Bird trabalhar com o Brasil, pois somos também um banco de conhecimento e precisamos estar atualizados com o acervo global, que oferece aprendizagem para todos", disse.
Utria destacou três pontos principais que devem ser levados em conta quando se trata de questões relacionadas a transportes: a organização do setor e a possibilidade de novas práticas; a importância de se visualizar o setor em um país como o Brasil, que tem extensa malha rodoviária e ferroviária; e a discussão de como acelerar as parcerias com a iniciativa privada para o êxito da função pública na área.
Participam do encontro palestrantes da Espanha, dos Estados Unidos, da Nova Zelândia, da França, da Alemanha, da Austrália, de Portugal, do Chile, da África do Sul e da Holanda. Pelo Brasil, estão presentes integrantes de órgãos do governo ligados ao setor, da Controladoria-Geral da União (CGU), do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Advocacia-Geral da União (AGU), além de representantes de três universidades e da iniciativa privada.
Agência Brasil

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