Câmeras monitoram comportamento de motoristas de ônibus de Diadema

Cidade do ABC colocou quatro câmeras em cada veículo.
Veja os riscos que os passageiros correm.
Do G1 São Paulo 

Quem anda de ônibus sabe a dificuldade que é esperar por muito tempo no ponto, além do aperto e de motoristas que não param ao sinal do passageiro.
Todas essas cenas são registradas por quase mil câmeras de segurança em ônibus de Diadema, no ABC, e as primeiras imagens mostram que quem usa o transporte público corre grandes riscos. 

Em um deles, o motorista não larga o celular, falando por quase cinco minutos enquanto dirigia. Ele não tirou o telefone do ouvido por nada. Quando trocava de marcha, largava a direção. Às 7h, no horário de pico, outro motorista só prestava atenção na conversa dele. O homem queria pagar a passagem, mas ficou esperando. 

São quatro câmeras em cada ônibus - uma fica do lado de fora. É possível ver se o motorista não parou no ponto, ou saber de quem foi a culpa num acidente. “Tudo hoje a gente tem condições de monitorar pelas câmeras: vandalismo contra o patrimônio, assalto contra o usuário, agressão contra funcionários, entre outras coisas, como acidentes”, diz Fernando Éder Pedroso, coordenador de planejamento de uma viação de Diadema. 

As outras três câmeras mostram o que acontece dentro do ônibus. A empresa diz que o monitoramento diminuiu os casos de vandalismo em mais de 70%. Uma câmera foi colocada em cima do para-brisa, e tudo o que acontece na parte da frente do ônibus fica registrado. ”A gente fica meio inibido para fazer nosso trabalho, mas depois se acostuma”, afirma o cobrador Anderson Fontenelle. 

Os casos de fraude preocupam. O rapaz de capuz pagou a passagem para o motorista, desceu pela porta da frente e ninguém girou a catraca. “A gente verifica diariamente as imagens que são feitas na rua. Identificada a irregularidade, tomam-se as devidas providências”, diz Carmilton Oliveira, supervisor de bilhetagem. 

As gravações mostram também outro lado da vida de quem anda de ônibus, como a gentileza, de quem cede o lugar para um idoso.