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sábado, 16 de maio de 2015

Caio demite 220 metalúrgicos em Botucatu

Como último recurso para enfrentar a crise econômica, a maior montadora de ônibus de Botucatu dispensa centenas de funcionários neste mês
Cinthia Milanez e Marcus Liborio
A crise econômica do País já se instalou em Botucatu (100 quilômetros de Bauru). A empresa metalúrgica Induscar Caio, que é a maior montadora de ônibus do município, demitirá 220 dos 4 mil trabalhadores só neste mês, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade. Depois de conceder dois períodos de férias coletivas, a instituição teve de recorrer ao corte de funcionários.
Induscar Caio é a maior montadora de ônibus de Botucatu, mas a retração econômica do País já resulta em demissões de empregados
O presidente do sindicato, Miguel Ferreira da Silva, já assinou 55 rescisões. Hoje, mais 55 metalúrgicos serão desvinculados da empresa. No próximo dia 22, haverá outras 55 demissões e, três dias depois, o mesmo número de funcionários serão desligados. Silva acredita que o motivo do corte é a falta de pedidos. “O prefeito de São Paulo, por exemplo, exige ônibus com ar condicionado e a União passou o limite de financiamento de 80% para 50%”, justifica.
O presidente da entidade afirma que não há o que fazer. “Quem tem de tomar uma atitude é o governo federal e estadual. Não é só a Induscar Caio que passa por uma crise. A Irizar havia feito uma redução de jornada e salários, mas decidiu enviar 80 trabalhadores para a Espanha.
Para a situação melhorar, o limite de financiamento teria de retornar ao patamar de 80%, argumenta. 
Silva acrescenta ainda que não há irregularidades trabalhistas envolvendo a Induscar Caio.
“Eles estão mandando embora e pagando tudo certinho. Inclusive, os funcionários estavam recebendo tudo corretamente antes das demissões”, pontua. Já a assessoria de imprensa da empresa informa que o mercado já caiu 27% e não parou por aí. Além disso, a montadora reforça que tem o corte dos colaboradores como último recurso.
Tentativas
Conforme a assessoria de imprensa da Induscar Caio afirmou por meio de nota, a empresa colocou em prática outras ações para evitar o corte de trabalhadores, considerado como último recurso.
Diante disso, a montadora passou por dois períodos de férias coletivas, pontes de feriados e emenda de Carnaval para futura compensação dos metalúrgicos, que foram devidamente pagos pelos dias não trabalhados.
Inclusive, em reportagem publicada pelo JC no dia 26 de fevereiro deste ano, a Induscar concedeu férias coletivas a 400 metalúrgicos. Já naquela época, o Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu atribuía a crise do setor à redução do Finame, uma linha de financiamento do banco para a compra de máquinas e equipamentos, para o setor de caminhões e ônibus. Essa medida foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff (PT) antes do Carnaval.
Queda
Em dezembro do ano passado, a Induscar Caio emitiu uma nota de imprensa alegando que o mercado de 2014 teve uma queda de 15% em relação ao ano anterior por conta da estagnação da economia, das indefinições até as eleições, da defasagem tarifária em diversas cidades do País, das depredações de ônibus que provocaram o desestímulo dos investimentos. Já de 2014 para este ano, a queda de 27%.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Caio Induscar dá férias a 400 metalúrgicos em Botucatu

Maior montadora de ônibus em Botucatu já sente o reflexo da economia no País e dispensa parte dos funcionários; sindicato tentará recursos com a prefeitura
A crise econômica no País já começa a refletir na região. A empresa metalúrgica Induscar Caio, maior montadora de ônibus em Botucatu (100 quilômetros de Bauru), concedeu férias coletivas a 400 funcionários, segundo informou o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, que deve buscar ajuda junto à administração pública. 
O impacto negativo na economia atingiu também a Tecnaut, indústria e comércio de metais instalada no município. A empresa já decretou 32 demissões somente neste ano e mais 60 estão previstas para os próximos dias. “Infelizmente, não enxergamos perspectivas positivas”, lamentou o gerente industrial da Tecnaut, Cláudio Roberto Vieira.
De acordo com tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos em Botucatu, José Carlos Lourenção, o fator determinante para o início da crise foi a redução do Finame - linha de financiamento do banco para a compra de máquinas e equipamentos – para o setor de caminhões e ônibus. A medida foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff (PT) antes do Carnaval.
“Caiu de 80% que eram concedidos às metalúrgicas para 50%”, pontuou. Lourenção ressalta ainda que, desde o início do ano, o governo federal parou de adquirir ônibus escolares. “Além disso, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), decretou que todos os ônibus devem ter ar condicionado”, acrescentou.
Esta última medida, segundo o tesoureiro, deveria ter um prazo de, pelo menos, seis meses para ser implementada. “É preciso mudar muita coisa na forma de montagem dos veículos, inclusive no motor”, explicou.
Férias e demissões
As férias coletivas na Induscar Caio, que hoje possui cerca de 4 mil funcionários, foi anunciada na terça-feira. Em princípio, segundo o sindicalista, serão 10 dias de dispensa. “A empresa vai fazer rodízio de férias”, disse Lourenção.
Segundo ele, a montadora já teria demitido ao menos 230 funcionários nos últimos dias. Já a assessoria de comunicação da Induscar alega que parte dos metalúrgicos está trabalhando normalmente, enquanto o restante permanece em férias (não foi informado a quantidade de funcionários dispensados).
Para tentar minimizar o problema, o sindicato pedirá auxílio para a prefeitura. “Vamos tentar unir forças na cidade, porque entendemos que trata-se de um impasse político. Uma das ideias é pedir que o município conceda cursos profissionalizantes gratuitos aos metalúrgicos. Seria uma forma de garantir preparo para que eles consigam trabalho em outras empresas, caso seja necessário”, finalizou.
O prefeito de Botucatu, João Cury Neto (PSDB), confirmou que é possível oferecer os cursos gratuitamente. “Assim podemos oferecer qualificação, estrutura e suporte aos trabalhadores”, garantiu.
Queda de 15%
Em dezembro do ano passado, a Induscar Caio emitiu uma nota de imprensa alegando que “o mercado de 2014, em relação a 2013, teve uma queda de 15%, por motivos como a estagnação da economia; indefinições no mercado até as eleições; defasagem tarifária em várias cidades do País; depredações de ônibus que desestimularam os investimentos dos empresários.”
A metalúrgica ressaltou ainda que a greve das montadoras afetou a fabricação e a disponibilidade de chassis para as fabricantes de carrocerias.
“Outro fator relevante nesse cenário foi a publicação de uma portaria no Diário Oficial, na qual determinou-se que todos os veículos vinculados aos serviços de transporte coletivo de passageiros da cidade de São Paulo deverão ter ar condicionado”, acrescentou, em nota.
A empresa estipulou também que a produção caiu de 30 carrocerias por dia, para menos de 15 unidades, ou seja, mais de 50% de redução.
Sem dinheiro
Gerente industrial da Tecnaut em Botucatu, Cláudio Roberto Vieira, disse que o reflexo negativo da economia já assola a empresa desde o final de 2014. “Não tem dinheiro no mercado. Já reduziu 50% nos serviços só neste ano”, disse. O empreendimento, que tem 244 empregados, demitiu 32 e mais 60 desligamentos estão programados para a próxima semana. “Vamos segurar 3 meses e, se não melhorar, talvez haja mais demissões”, disse.
Fonte:http://www.jcnet.com.br/

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