Foto: Alexandre Fonseca / Arquivo EM TEMPO |
Representantes de cooperativas de micro-ônibus da cidade de Manaus estiveram reunidos, na tarde de ontem, para debater as mudanças realizadas no transporte coletivo da cidade. De acordo com as lideranças, dentre as modificações está a aquisição de ônibus novos pela Prefeitura de Manaus (PMM), que com isso pretende tirar de circulação grande parte dos micro-ônibus do transporte Executivo. Segundos eles, dois micro-ônibus Executivos sairão de linha para cada ônibus novo adquirido pela prefeitura. Para os representantes, a retirada das linhas de micro-ônibus afetaria aproximadamente 80 mil pessoas diariamente. As informações foram confirmadas pelo presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (IMTT), Marcos Cavalcante, que declarou que a medida foi acordada com todos os cooperados em reunião no dia 30 de junho na sede do instituto. “Como um ônibus tem o dobro da capacidade de um micro-ônibus, se verificarmos que não é mais necessário, retiraremos dois micros de cada uma das rotas”, disse. No entanto, os cooperados afirmam terem sido pressionados a assinar a ata e o termo de compromisso firmado na reunião, sob o risco de não poder circular normalmente. “A intenção dele (Marcos Cavalcante) é de monopolizar o sistema para que dentro de seis meses as cooperativas acabem”, disse um dos líderes, que não quis se identificar. O presidente do instituto informou que todas as medidas serão tomadas para adequar Manaus para os jogos da Copa do Mundo de 2014. Dentre as mudanças realizadas ainda este ano pela Prefeitura, Cavalcante declarou haver dois processos licitatórios – um, lançado no último dia 19, para planejar todo o transporte coletivo da cidade e outro que deverá ser lançado em setembro, especifico para o transporte urbano – que devem modificar o trânsito e transporte da cidade até 2013, com vistas a Copa das Confederações. Segundo ele, ao contrário do que dizem os cooperados, a tendência não é acabar com os Executivos, mas após o estudo técnico em processo licitatório, determinar a quantidade que deverá circular na cidade, equacionada com a quantidade de ônibus. “Quando vamos organizar algo, sempre corremos o risco de contrariar certos interesses pessoais. Há cooperativas, por exemplo, que compram veículos e criam linhas sem equilíbrio com o IMTT. Isso vai acabar, mas iremos buscar alternativas para que eles possam trabalhar junto com as empresas do urbano”, declarou Cavalcante.
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